Soja caindo: Tem alguma chance de voltar a subir?
A resposta vem dos fatos, do que está acontecendo com: dólar, prêmio, Chicago e frete
Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a sexta-feira (17.04) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação caindo 0,46% nos portos, para R$ 100,93/saca (contra R$ 100,47/saca do dia anterior). Com isto a perda acumulada nos portos neste mês ficou em 0,28%.
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, o preço da soja e do dólar estão andando de lado há 15 dias: “Significa que os preços da soja pararam de subir. Estão patinando ao redor de R$ 101,00/saca nos portos, um pouco acima e um pouco abaixo. Tem alguma chance de voltar a subir? A resposta vem dos fatos, do que está acontecendo com os quatro principais fatores que fazem o preço da soja subir ou cair: dólar, prêmio, Chicago e frete”.
O dólar também está patinando, com uma forte resistência a R$ 5,2790 que a moeda americana já tentou ultrapassar quatro vezes neste mês de abril e voltou. “Além disto, os governos de todo o mundo estão tentando proteger as suas economias, que significa que estão lutando para que o dólar baixe, inclusive os EUA, que estão perdendo competitividade no mundo todo. Os analistas das 100 maiores instituições financeiras do país acreditam que a tendência do dólar é a de voltar para algo ao redor de R$ 4,60/R$4,80 antes do final do ano”, apontam os analistas da T&F.
“Os prêmios estão, como se pode ver, também andando de lado. As cotações da soja em Chicago estão um desastre: em 02 de janeiro passado estavam a $ 980,00/bushel e hoje fecharam a $832,50, isto é registraram uma queda de 147,5 pontos ou 5 limites de baixa, difíceis de recuperar a curto prazo. E nem se pode dizer que as cotações estão andando de lado, porque estão derretendo, mesmo. Por fim, os fretes: os fretes de Cruz Alta para Rio Grande subiram 13,85% nos últimos 30 dias e os de Maringá para Paranaguá subiram 4,72% e os do Centro-Oeste do Brasil subiram em média 13,78%, aumentando o custo e reduzindo o lucro dos vendedores”, conclui a T&F.