Soja cai na madrugada dos EUA
A queda nos preços da soja também é atribuída à colheita brasileira
Os futuros da soja dos Estados Unidos caíram nas negociações noturnas devido às previsões de tempo chuvoso no Centro-Oeste do país. O Commodity Weather Group relatou que a precipitação é esperada em partes do Cinturão do milho e do Delta no início da próxima semana.
O meio-oeste ocidental também verá chuvas subsequentes nos próximos seis a 10 dias, embora o clima quente mantenha as condições um pouco secas, conforme indicado pelo meteorologista. Além disso, há previsão de mais chuva nos Corn Belts do sul e do oeste nos próximos 11 a 15 dias.
A queda nos preços da soja também é atribuída à colheita brasileira. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita no Brasil, maior exportador mundial da oleaginosa, está quase 90% concluída. Esse aumento na oferta do mercado torna a soja norte-americana menos atrativa para os compradores estrangeiros.
Os futuros da soja para entrega em julho registraram uma queda de 3 1/4 ¢, chegando a US$ 11,76 1/2 o bushel durante as negociações noturnas na Bolsa de Chicago. Enquanto isso, o farelo de soja caiu US$ 2, para US$ 345,60 por tonelada curta, e o óleo de soja subiu 0,14 centavos, alcançando 45,57 centavos por libra.
De acordo com dados do USDA, as vendas de milho para compradores estrangeiros apresentaram um aumento significativo durante os sete dias encerrados em 18 de abril. Os números indicam que as vendas de milho atingiram 1,3 milhão de toneladas, representando um aumento substancial em relação às 501,2 mil toneladas registradas na semana anterior. Além disso, esse volume é 74% maior do que a média das quatro semanas anteriores.
Os principais destinos das vendas foram detalhados pelo USDA, com o México adquirindo 390,5 mil toneladas, a Coreia do Sul com 252 mil toneladas, o Japão com 233,2 mil toneladas, a Arábia Saudita com 142,4 mil toneladas e Taiwan comprando 140,7 mil toneladas. No entanto, o total das vendas poderia ter sido ainda maior se não fosse o cancelamento de pedidos de 219,4 mil toneladas por um país não identificado.