Soja cai em Chicago com safra e tarifas
Diante desse quadro, a soja acumulou uma desvalorização semanal de 3,50%
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A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira e a semana em queda, pressionada pelo avanço da colheita no Brasil e pelas incertezas tarifárias impostas pelos Estados Unidos. De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato para março, referência para a safra brasileira, caiu 1,10%, ou 11,25 cents por bushel, fechando a US$ 1011,50.
Já o contrato para maio recuou 1,11%, ou 11,50 cents por bushel, para US$ 1025,75. O farelo de soja para março subiu 0,28%, a US$ 291,70 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja caiu 2,73%, a US$ 43,53 por libra-peso.
O mercado enfrentou um cenário de forte pressão devido à reta final da safra argentina e à consolidação de uma grande colheita no Brasil, que eliminou o impacto dos atrasos anteriores. Além disso, as incertezas sobre tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos contra China, México e Canadá adicionaram volatilidade ao setor de grãos, influenciando diretamente os preços ao longo da semana.
Diante desse quadro, a soja acumulou uma desvalorização semanal de 3,50%, equivalente a uma queda de 37,25 cents por bushel. O farelo de soja também registrou perdas, recuando 1,44% ou 4,40 dólares por tonelada curta. O óleo de soja, por sua vez, teve a maior queda percentual entre os derivados, com baixa de 7,68%, ou 3,67 dólares por libra-peso, nos contratos de maio.
Segundo a consultoria, a tendência do mercado segue atrelada à evolução da safra sul-americana e às políticas comerciais globais, com os investidores atentos às negociações internacionais e ao impacto das medidas tarifárias no comércio de grãos.