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Soja: competitividade brasileira cresce com dólar a R$6,00

Soja: mercado segue volátil com dólar em alta



Foto: Expodireto Cotrijal

O mercado de soja apresentou comportamento volátil na última semana, influenciado por fatores como a valorização do dólar, o avanço da safra brasileira e as tensões geopolíticas na Ucrânia. Segundo dados da Grão Direto, o contrato de janeiro de 2025 na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a US$ 9,91 por bushel, registrando alta semanal de 0,61%. Apesar disso, o mercado interno brasileiro não acompanhou a valorização internacional, com algumas regiões reportando quedas nos preços.

A decisão do governo brasileiro de cortar impostos e isentar o imposto de renda para rendas até R$ 5 mil ampliou preocupações com o déficit público, levando o dólar a atingir R$ 6,11 ao longo da semana, antes de recuar para R$ 6,00. Essa alta histórica impactou positivamente a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, mas intensificou a pressão baixista sobre os preços na CBOT, devido ao aumento da oferta global de grãos brasileiros.

As condições climáticas na última semana foram amplamente favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, exceto em regiões como o centro-sul de Mato Grosso do Sul e Bahia, que enfrentam problemas com o déficit hídrico. A Conab destacou que os principais estados produtores apresentam condições excelentes para o avanço da safra, mas o desenvolvimento vegetativo nessas áreas pode ser comprometido caso a falta de chuvas persista.

Projeções para a semana

Cotações em Chicago: Com a colheita norte-americana concluída e a safra brasileira prestes a entrar no mercado, a expectativa é de pressão adicional nos preços. Segundo a Grão Direto, há possibilidades de que as cotações caiam abaixo de US$ 9,00 por bushel, especialmente se as condições climáticas continuarem favoráveis no Brasil.

Dólar: A instabilidade política e fiscal no Brasil deve manter o dólar em patamares elevados, mas a projeção é de recuo ao longo da semana. Esse movimento pode proporcionar maior rentabilidade em reais para os produtores brasileiros, mas exige monitoramento constante dos prêmios regionais e das condições do mercado internacional.

A combinação de um dólar forte e a possibilidade de queda nos preços em Chicago impõe um dilema para os produtores. A orientação é avaliar cuidadosamente as estratégias de comercialização, buscando oportunidades em prêmios locais e monitorando a dinâmica do mercado externo. 

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