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Soja: alta em Chicago e clima Seco no Brasil impactam safra e exportações

Mercado da soja passou por uma semana de oscilações



Foto: Divulgação

Segundo dados divulgados pela Grão Direto, o mercado da soja passou por uma semana de oscilações. O relatório de oferta e demanda indicou uma leve queda na safra norte-americana, que passou de 124,9 para 124,8 milhões de toneladas. Em contrapartida, a produção mundial apresentou um leve aumento, subindo de 428,73 para 429,2 milhões de toneladas, o que impactou diretamente os estoques globais.

Nos Estados Unidos, as vendas de soja superaram as expectativas do mercado, totalizando 2,11 milhões de toneladas, com a China sendo o principal destino. Esse movimento, associado à ligeira alta no contrato de soja em Chicago para setembro de 2024, que fechou a US$ 10,06 o bushel (+1,72%), influenciou o mercado de maneira positiva.

No Brasil, o fim do vazio sanitário da soja em algumas regiões do país no dia 31 de agosto trouxe expectativas para o início da safra 2024/25. No entanto, o clima seco vem dificultando o avanço do plantio, que permanece bastante isolado e ainda sem dados percentuais mensuráveis.

O que esperar do mercado

A próxima semana será marcada por eventos de grande impacto para o mercado de soja. Na quarta-feira (18), estão previstas importantes decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Nos EUA, o mercado prevê uma redução de 0,25 ponto percentual, a primeira desde o início da pandemia. No Brasil, por outro lado, há uma expectativa de aumento das taxas, já que as projeções de inflação para 2024 se aproximam do teto da meta de 3%. Essas movimentações podem fortalecer o real e enfraquecer o dólar no cenário global, o que impactará diretamente as cotações da soja.

Outro fator que pode influenciar o mercado é o feriado na China, que se estende até quarta-feira devido às celebrações do Festival de Outono. A pausa nas atividades de compra por parte do maior importador de soja pode trazer uma redução temporária nas exportações brasileiras e americanas.

Por fim, segundo a Secex, as exportações de soja do Brasil estão desacelerando, registrando queda de 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, a previsão é de que o volume exportado até o fim do mês atinja cerca de 5 milhões de toneladas. Com o início da safra brasileira e as preocupações climáticas, os prêmios de risco na precificação tendem a aumentar, o que pode trazer uma nova alta nas cotações da soja brasileira para os próximos dias. A expectativa é de que, mesmo com os desafios climáticos, o mercado siga otimista em relação ao desempenho da safra 2024/25.

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