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Sociobioeconomia mostra potencial econômico

O açaí brasileiro já é reconhecido internacionalmente



Foto: Pixabay

A nota técnica do WWF-Brasil enfatiza que o Brasil pode aumentar o valor de suas exportações ao adotar um modelo de desenvolvimento sustentável, priorizando a sociobioeconomia e a preservação dos recursos naturais e comunidades locais. Com uma abordagem que combina crescimento econômico, sustentabilidade e inclusão, o país tem a oportunidade de se destacar globalmente na economia sustentável.

A sociobiodiversidade do Pará, com produtos como açaí, castanha-do-pará, cacau, cupuaçu, palmito, borracha, tucumã, cumaru, murumuru e óleo de castanha-do-pará, tem um potencial econômico de R$ 170 bilhões por ano. O açaí brasileiro já é reconhecido internacionalmente, representando 85% da produção global e gerando US$ 134,6 milhões em 2020 somente na produção in natura, podendo aumentar significativamente quando processado industrialmente.

Os dados revelam que o Brasil poderia se tornar líder global na produção e exportação de produtos de maior valor agregado ao adotar a sociobioeconomia, superando sua dependência de exportações de commodities. Atualmente, a maior parte das exportações do país está associada a produtos de baixo valor agregado e alto custo ambiental. Desde 2010, houve um aumento nas exportações de commodities agrícolas de baixo valor agregado, como a soja, o que reduz as possibilidades de desenvolvimento sustentável e integração em cadeias globais de valor mais avançadas.

Para Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil, “o fortalecimento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade além de ser uma ferramenta de combate às mudanças climáticas, atua para a valorização dos povos e saberes tradicionais”. Para ela, a conservação não se opõe ao crescimento econômico, “o que propomos é a utilização eficiente das terras agricultáveis e um maior aproveitamento dos ativos da biodiversidade”, afirma a gerente.

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