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Só vacina pode resolver a cinomose

Doença leva à morte em 90% dos casos e como não há um medicamento específico para combatê-la, o melhor remédio é a prevenção



Tosse, diarréia, febre, falta de apetite e secreção amarelada nos olhos e no nariz são os sinais mais comuns da cinomose. Doença causada por um vírus, ela ataca os Canidae (família a qual pertencem lobo, raposa, coiote), e, principalmente, os cães. Quando evolui, pode causar danos ao cérebro, paralisia e morte (que chega em 90% dos casos). O pior é que não há um medicamento específico para combater o microorganismo - por isso o melhor remédio é a prevenção.


O veterinário Sérgio Luiz explica que o tratamento para cinomose é feito à base de antibióticos que evitam infecções oportunistas, colírios, antiinflamatórios, vitaminas e anticonvulsivos. Os remédios apenas diminuem os sintomas. Geralmente, em casos nos quais a doença foi diagnosticada tardiamente, os donos do animal acabam sendo obrigados a optar pela eutanásia.

Para evitar que o seu cão passe por tudo isso, há uma solução simples, barata e eficaz: a vacinação. Os cuidados para evitar a doença devem ser tomados ainda no segundo mês de vida do cão. “No início, são três doses da vacina. A primeira deve ser ministrada aos 45 dias de vida e as duas restantes a cada 21 dias”, ensina Sérgio.

Mas a prevenção não acaba aí. É nesse ponto que muitos donos de cães pecam. A recomendação é que a vacina tenha um reforço anual, por toda a vida. “De 10 animais que chegam à clínica com cinomose, 7 tiveram vacinação apenas no primeiro ano de vida”, diz o veterinário.


A schnauzer Judy é uma privilegiada em relação aos cuidados contra a cinomose. Com 10 meses de vida, ela já tomou todas as vacinas indicadas pelo veterinário. Segundo o seu dono, o advogado Ewerton da Paz Machado, 41 anos, o cartão de vacinação de Judy está em dia. “Ninguém é obrigado a ter um cão, mas a partir do momento em que a pessoa se dispõe a ter, é obrigado a cuidar bem dele”, opina. Outros cuidados relativos à prevenção são o uso de vermífugos e a alimentação correta, evitando ingestão de água e comida de origem desconhecida.

Contaminação
 
O vírus da cinomose é transmitido pelo ar ou por meio de secreções de outro animal infectado. O animal pode se contaminar pelas vias respiratória ou digestiva. Pode ser ainda por contato direto com um objeto ou um ser humano, por exemplo, que carrega o vírus na roupa, nos sapatos. Uma vez instalado no organismo do cão, o vírus fica incubado por um período de cinco a quinze dias, esperando o momento para entrar em ação.

Depois disso aparecem os primeiros sintomas: febre, perda de apetite, diarréia, corrimento ocular e nasal. Este estado dura de um a dois dias. Segundo Sérgio, após essa fase segue um período de dias e até meses em que tudo parece ter voltado ao normal. Mas, depois, podem surgir sinais e sintomas típicos da cinomose, como vômitos, problemas respiratórios e nervosos. “O cão tem tiques, convulsões e paralisias.”


Quando o cão é filhote e ainda não foi imunizado contra a cinomose é importante tomar alguns cuidados, como não sair com o animal para passear em jardins públicos ou deixar que ele brinque com outros animais. Deve-se lavar bem e usar desinfetantes nas áreas onde o cão circula para exterminar vírus.
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