O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, Pedro Robério de Melo Nogueira, criticou a falta de uma política do governo para o setor e defendeu sua revitalização. No seminário sobre a indústria sucroalcooleira, promovido pela Comissão de Agricultura e Política Rural, Pedro Robério fez uma retrospectiva do setor desde a década de 30, quando o governo interveio no setor para regular a oferta de açúcar no mercado interno e para as exportações.
Ele lembrou que na década de 70 a intervenção estatal aumentou com as crises do petróleo e que o governo financiou a modernização do parque industrial sucroalcoleiro. Nogueira destacou, entretanto, que na década de 90 houve uma mudança total da política oficial para o setor, com a extinção do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), a liberação dos preços, e o incentivo à concorrência. "O resultado foi o aumento da produção. Entre 1970 e 1978, o Brasil produzia cerca de 111 toneladas de açúcar, e hoje a produção nacional é três vezes maior".