No dia 29 de julho, representantes do segmento cafeeiro estiveram reunidos, na sede da Febrabam, em São Paulo com diretores de crédito rural de vários bancos privados. O encontro foi executado visando a obtenção de recursos através de linhas de financiamento de EGF/SOV para o café. A reunião teve a organização do Ministério da Agricultura, que foi representado no encontro pelo assessor José de Paula Mota e pelo coordenador de operações Eduardo Chacur. Os setores privados do café apresentaram aos representantes dos bancos as perspectivas da cafeicultura brasileira no cenário internacional, destacando a necessidade de aplicação de recursos do crédito rural para o financiamento de café. Tais financiamentos dariam um suporte comercial ao produto e uma liquidez maior ao setor. A receptividade dos diretores de crédito rural à possibilidade de uma alocação de recursos foi boa, segundo os membros da cadeia cafeeira. Os membros dos bancos apontaram que o café, no atual momento, tem o menor risco entre todas as atividades agrícolas. Assim, os diretores mostraram que há uma propensão das instituições financeiras em executar a aplicação de recursos no café. Das várias análises executadas, destacou-se a unanimidade dos participantes quanto aos prazos de EGF para café. Os prazos atualmente definidos não se encontrariam em sintonia com as necessidades tanto dos bancos como de setores privados. Os participantes observaram que o vencimento da linha em dezembro não teria sentido prático, já que as diretorias de instituições bancárias consideram os meses de janeiro, fevereiro e março o período de menor procura por crédito. Assim, os setores privados e a Febrabam pretendem encaminhar ao governo uma solicitação para que o vencimento seja estendido para março. Outra proposta estudada é de um vencimento parcial, dividido nos meses de março, abril e maio. A reunião ainda analisou a exigência de que o café a ser utilizado nas operações ter de estar acondicionado em sacaria nova. Tal exigência, segundo os representantes do setor privado, só teria um efeito prático se os financiamentos fossem de EGF/COV, ou seja, com opção de venda ao governo. No entanto, a linha aprovada para o café trata de empréstimos SOV, ou seja, sem opção de venda do produto ao governo. Essa exigência, assim como a necessidade de classificação através de empresas especializadas, seria, na visão do setor, desnecessária.
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