O próximo grande desafio não somente da Copersucar como de todo o setor sucroalcooleiro será criar a infra-estrutura necessária para a exportação de grandes volumes de álcool. A opinião é de Homero Corrêa de Arruda Filho, que deixa na próxima terça-feira a presidência da cooperativa.
"O custo da logística dos produtos acabados não pode reduzir a competitividade conquistada no setor sucroalcooleiro", afirma. Segundo Arruda Filho, o País só tem estrutura para exportar volumes menores de álcool, para abastecer indústrias de bebidas, química e farmacêutica.
Para atender o mercado mundial de álcool como aditivo da gasolina, precisaremos de dutos e de estradas de ferro", diz, referindo-se a países como Japão, Índia, Colômbia, México e Estados Unidos, que vão misturar álcool na gasolina. "Com a privatização da malha ferroviária, acho que os próprios empresários podem encontrar solução para a exportação de álcool", afirma Arruda Filho, indicando que seria bem-vinda a participação da Petrobrás no escoamento.
O Terminal Açucareiro Copersucar, inaugurado hoje, é um exemplo de que a iniciativa privada tem condições de investir em infra-estrutura. "O terminal contribui para a redução do Custo Brasil na exportação". O TAC, que custou US$ 50 milhões, vai operar, inicialmente, 1,5 milhão de toneladas de açúcar a granel e 500 mil ensacado.