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Setor químico brasileiro enfrenta dificuldades

As maiores altas de importações foram observadas em resinas termoplásticas



As maiores altas de importações foram observadas em resinas termoplásticas As maiores altas de importações foram observadas em resinas termoplásticas - Foto: inpEV

No 1º semestre de 2024, o setor químico brasileiro enfrentou dificuldades, com uma queda de 1,14% na produção de químicos industriais e uma redução de 27,5% nas exportações em relação ao mesmo período de 2023. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Embora as vendas internas tenham aumentado 4,39% e o consumo aparente 0,4%, as importações subiram 4,5%, representando 45% da demanda local. A utilização da capacidade instalada foi de 63%, três pontos percentuais abaixo de 2023, com destaque para a queda no uso de capacidade dos intermediários para fertilizantes, que caiu de 67% para 58% devido à paralisação das plantas do grupo Unigel.

No 1º semestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, o volume de importações da amostra de produtos do RAC (exceto intermediários para fertilizantes) aumentou 21%, com uma queda de 9% nos preços. As maiores altas de importações foram observadas em resinas termoplásticas (+48,2% em volume e -8,6% em preço), intermediários para resinas termofixas (+42,4% em volume e -16% em preço), solventes industriais (+39,9% em volume e -6,9% em preço), e resinas termofixas (+31% em volume e -16,1% em preço).

Em junho de 2024, o IGP Abiquim-Fipe subiu 0,09% no mês e acumulou alta de 4,94% no semestre. Ajustado pelo IPA-Indústria de Transformação, o crescimento real foi de 4,8%. No entanto, preços médios deflacionados pelo Real caíram 8,6% em relação ao Dólar e 5,7% em relação ao Euro, enquanto custos de matérias-primas e energia aumentaram.

O setor químico viu uma queda na produção interna de 5,89%, vendas internas de 1,83% e exportações de 23,3%. A demanda doméstica cresceu 1,0% devido ao aumento das importações (+9,5%), com a penetração das importações chegando a 48% e o déficit comercial atingindo US$ 44,35 bilhões. A queda na produção em 2023 resultou em uma perda de quase R$ 8 bilhões em arrecadação.
 

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