Setor de grãos se adapta aos desafios do Brexit
O lado da UE estava sendo “mais meticuloso com a papelada”
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O efeito sobre a economia britânica como um todo pode ser devastador, mas o setor de grãos em grande parte está resistindo à tempestade do Brexit, adaptando-se bem às novas circunstâncias e ao aumento das exigências burocráticas para o comércio que foram introduzidas há dois anos. Se for colocado em prática com sucesso, um novo acordo UE-Reino Unido sobre acordos comerciais para a Irlanda do Norte pode ajudar a resolver alguns dos desafios enfrentados pelo setor.
Alex Waugh, diretor-geral da organização industrial UK Flour Millers, que cobre o setor no Reino Unido e na Irlanda, enfatizou à World Grain que “no que diz respeito ao comprador de trigo, não há problema. Está tudo bem. Realmente não faz muita diferença.”
No entanto, houve problemas com a movimentação de produtos para ambas as partes da Irlanda, obrigando muitas empresas a manter estoques maiores. O lado da UE estava sendo “mais meticuloso com a papelada”, disse ele. Não havia “nenhuma dúvida” de que a indústria de alimentos do Reino Unido havia perdido comércio para a UE. Isso afetou a moagem “um pouco, mas talvez mais nossos clientes”. “O comércio da Irlanda do Norte para o Sul permaneceu estável”, observou ele.
Com o comércio da Grã-Bretanha para a Irlanda do Norte, houve questões sobre as regras de origem. Ele apontou que o que os padeiros irlandeses estão procurando é farinha forte, que geralmente inclui trigo canadense. A Grã-Bretanha “provavelmente ainda é a fonte de farinha não irlandesa mais barata”, acrescentou, observando também um nível de “entendimento cultural”. “Os tipos de produtos de panificação produzidos na Irlanda são muito mais familiares aos moleiros do Reino Unido”, explicou.