Setor alimentar da África do Sul enfrenta ameaças

A perturbação da cadeia de abastecimento global de cereais, em grande parte devido ao conflito Ucrânia-Rússia, teve impacto na indústria de rações em muitos países, com a África do Sul a reportar um efeito líquido de preços elevados devido ao elevado custo do milho e do bagaço, a principal matéria-prima na fabricação de ração animal.

Os fabricantes de rações na África do Sul foram forçados a ajustar os seus preços para cima em resposta ao aumento do custo das matérias-primas, de acordo com um relatório da Animal Feed Manufacturers Association (AFMA), a associação que representa a indústria de rações animais da África do Sul.

O relatório, que analisa o desempenho da indústria de rações para os membros da AFMA durante os 12 meses até Março de 2022, afirma que os preços elevados, especialmente do milho e do bagaço, representam um grande desafio para o negócio de rações animais da África do Sul, tal como o fizeram as doenças animais.

“Ao recuperar dos efeitos perturbadores da COVID-19 durante os últimos dois anos, a cadeia de valor dos cereais e das oleaginosas sofreu um golpe adicional com a invasão russa da Ucrânia, o que aumentou a pressão sobre uma cadeia de valor já desafiada”, disse De Wet Boshoff. , diretor executivo da AFMA.

Os preços dos grãos e das sementes oleaginosas na África do Sul, como em muitos países, são referenciados na Bolsa de Comércio de Chicago (CBOT), com a Bolsa de Valores de Joanesburgo do país a utilizar a CBOT para determinar a que preço os fabricantes de ração animal podem aceder à matéria-prima.

Embora a AFMA não tenha fornecido números precisos que demonstrem a correlação entre o aumento dos preços das matérias-primas e os preços dos alimentos para animais, a associação afirma que a procura global de alimentos para animais “é o motor mais significativo dos preços dos produtos alimentares para animais”.