A Casa da Agricultura de Sorocaba recebeu esta semana o estoque de sementes de milho e de feijão para atender as necessidades dos lavradores na safra de verão, que deverá se iniciar até o final de setembro, quando começar a temporada das chuvas. Como não há demanda de plantio, Sorocaba não dispõe de sementes de arroz, que poderão ser encontradas em outras unidades da região.
Estão disponíveis aos lavradores três variedades de milho:
1 - o AL-34, que é uma versão melhorada do CATI-34 e se destina à produção de silagem, com produção prevista para 7.095 quilos/há. Tem alta produção de massa seca, graças ao seu porte, ao colmo grosso e à grande área foliar. Tem alta porcentagem de grãos, apresenta boas condições para silagem, é palatável e disgestível. Preço: 40 reais a saca de 20 quilos e 10 reais a saca de 5 kg.
2 - o AC-Bandeirantes, que é destinado à produção de grãos. É uma variedade bem produtiva, resistente e não está sujeita ao acamamento. Preço: 40 reais a saca de 20 kg e 10 reais a saca de 5 quilos.
3 - Cativerde é o milho desenvolvido pela CATI para o consumo de milho "in natura", o milho verde, cuja produção é muito grande na região de Sorocaba. O seu preço é mais alto que os demais. Preço: é vendido em sacas de 5 quilos e custa 20 reais.
A Casa da Agricultura dispõe ainda de sementes de feijão carioca, que é o mais preferido para cultivo na região. A saca de 40 quilos está sendo vendida a R$ 100 e a saca de 5 quilos a R$ 12,50. As sementes de arroz estão sendo comercializadas a R$ 56 a saca de 40 quilos.
Para aquisição das sementes oferecidas pela Secretaria da Agricultura, os lavradores devem se dirigir à Casa da Agricultura de sua cidade. Em Sorocaba, como a Casa da Agricultura está fechada para reforma, os interessados devem se dirigir ao prédio da antiga DIRA, atual EDR, à rua Gustavo Teixeira, nº 412.
Preparo do solo
Mas enquanto não chegam as chuvas e a hora de plantar, o agricultor deve se preocupar com o preparo da terra, análise de solo e calagem, medidas fundamentais para se alcançar uma boa produtividade.
O primeiro passo para uma boa colheita é fazer a análise do solo, que determinará a correção dos nutrientes e a aplicação correta do calcário. Como no Brasil 70% dos solos são ácidos, a calagem é uma medida importante, que se quer ter êxito. Segundo dados levantados pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, o uso de calcário para corrigir os solos e fertilizantes para adubar fez com que a produtividade quase dobrasse nas principais culturas do país. Mesmo assim, os pequenos lavradores ainda resistem ao uso dessa técnica, que nem é trabalhosa e nem onera em demasia o custo de produção.
Para a análise do solo, uma providência que já deveria estar sendo adotada, o produtor deverá dividir a propriedade em glebas iguais de 10 hectares e coletar pelo menos 20 subamostras de terra. Essas subamostras devem ser misturadas num recipiente limpo e constituirão, então, uma mostra de solo representativa da propriedade. As amostras devem ser coletadas da camada arável, ou seja, até uma profundidade de 20 centímetros .
As amostras deverão ser encaminhadas a um laboratório idôneo, que irá elaborar a receita para a correção do solo ou calagem.
A calagem é feita, normalmente, de 60 a 70 dias antes do plantio e deve ser repetida a cada três anos, período de validade dos efeitos do calcário na terra.
O calcário pode ser aplicado na superfície do solo, no sistema de plantio direto, ou misturado à terra, na aração e gradagem, se o sistema de plantio for o convencional.
O quantidade do calcário a ser aplicado deverá ser indicada nas recomendações, que acompanham a análise do solo.
No laboratório do Instituto Agronômico de Campinas, as análises custam R$ 25,00/amostra. O resultado sai em uma semana. Em Sorocaba, o preço da tonelada (20 sacos de 50 kg) de calcário gira em torno de R$ 85, entregue na propriedade.