Semeadura da safra brasileira de soja 22/23 é lançada em SP
O início da semeadura considera o término do período do vazio sanitário - estratégia adotada para redução do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática na soja - e varia de acordo com cada estado
Texto: Por Joélen Cavinatto com revisão de Aline Merladete
A Abertura Nacional do Plantio da Soja, que ocorreu na última quinta-feira (22), no município de Santa Cruz do Rio Pardo, em São Paulo, reuniu grandes nomes do setor sojícola brasileiro, com a presença de produtores, pesquisadores, profissionais e representantes de órgãos públicos e privados.
O presidente em exercício da Aprosoja Brasil, José Sismeiro, disse que de todos os insumos necessários para o cultivo do grão, a chuva é o mais importante e é o único que não pode ser comprado, em alusão e comemoração aos 40 mm que caíram em apenas 24h, em Santa Cruz do Rio Pardo. O volume representa 40% do total de precipitação prevista para o mês de setembro no município e cria expectativa para o início da semeadura.
O evento contou com painéis de debates e abordou dois temas principais: A sustentabilidade como diferencial da soja brasileira, com Gustavo Spadotti Castro, doutor em Agricultura e chefe-geral da Embrapa Territorial e José Luís Coelho, mestre em engenharia agrícola e consultor de mercado; e Tendências tecnológicas e boas práticas para a alta produtividade, com José Salvador Foloni, doutor em Produção Vegetal e pesquisador da Embrapa Soja e Sebastião Pedro da Silva Neto, PhD em Biotecnologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Cerrados.
O início da semeadura considera o término do período do vazio sanitário - estratégia adotada para redução do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática na soja - e varia de acordo com cada estado, conforme o calendário estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Estimativa para a safra de soja 22/23: A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta um cenário recorde na produção do grão para este ciclo, com estimativa de produção de 150 milhões de toneladas, área de 42 milhões de hectares, exportação de 92 milhões de toneladas e estoque de 9,89 milhões de toneladas. A alta expectativa se deve à recuperação de produtividade nos estados do sul e parte do Mato Grosso Sul, atingidos por adversidades climáticas na última safra. A companhia afirma que “os preços do grão devem continuar atrativos, uma vez que a oferta e a demanda mundial da oleaginosa seguem ajustadas”.