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Semana da soja: clima, estoques e Chicago definem o rumo do mercado

O atraso na colheita brasileira já afeta as exportações



Foto: Divulgação

Segundo análise de mercado da Grão Direto, os próximos dias serão determinantes para a formação de preços da soja no Brasil. As condições climáticas continuam sendo um fator determinante, com previsões de chuvas persistentes em grande parte do país, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte, devido à influência do fenômeno La Niña. Apesar das precipitações, períodos de sol poderão permitir avanços na colheita em algumas áreas, reduzindo parte da preocupação do mercado.

O atraso na colheita brasileira já afeta as exportações. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que os embarques caíram 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse cenário tem gerado um aumento nos prêmios portuários, o que ameniza a pressão de baixa vinda de Chicago e da valorização do real frente ao dólar. No entanto, caso a colheita acelere nas próximas semanas, os prêmios podem recuar novamente.

A Argentina segue como um ponto de atenção. Segundo a Bolsa de Cereales, a qualidade das lavouras boas/excelentes caiu para 17%, bem abaixo dos 31% registrados no mesmo período do ano passado. Com isso, há risco de novos cortes na estimativa de produção do país, o que poderia influenciar positivamente os preços internacionais da oleaginosa.

No Brasil, o mercado segue atento ao comportamento da demanda chinesa e ao impacto da oferta no fluxo de exportações. Se a colheita avançar rapidamente e os estoques crescerem, os preços internos poderão enfrentar uma pressão adicional, principalmente diante do dólar em patamares mais baixos.

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