SEGURO RURAL: Setor de seguros pode ser um forte aliado à saude financeira do produtor rural
O seguro rural é uma importante ferramenta de gestão que oferece proteção contra perdas decorrentes das adversidades que afetam a lavoura
O seguro rural é uma importante ferramenta de gestão que oferece proteção contra perdas decorrentes das adversidades que sofreram a lavoura. Ele protege os seus investimentos e te mantém na atividade. Entender a importância do seguro rural é essencial para uma boa gestão agrícola, sobretudo por ser uma atividade de alto risco.
Pensando nisso, a 16ª edição do talk show A Voz do Mercado autônomo nomes importantes para debater o cenário atual de seguros rurais no Brasil e gestão de crise. Conduzido pela jornalista Suelen Farias e o consultor Ivan Wedekin, o debate foi realizado ao vivo através do canal do Portal Agrolink no Youtube com os convidados: Alex Calhau, diretor da A2G corretora de seguros, Gláucio Toyama, Head Agro Swiss RE e Vitor Ozaki, CEO Picsel.
O uso do Seguro Rural vem aumentando, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), entre janeiro e novembro de 2022, mostra que a procura pelo seguro rural quase triplicou nos últimos cinco anos. Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo foram os estados que mais buscaram proteção no período. Já as indenizações pagas aos produtores rurais quintuplicaram no mesmo período. Uma das razões para o aumento da procura por esse serviço são os eventos climáticos extremos que atingiram o Brasil.
Segundo Alex Calhau, diretor da A2G corretora de seguros, o setor de seguros pode ser um forte aliado à saúde financeira do produtor rural. Podemos dizer que teremos um crescimento moderado na contratação de seguros no Brasil.
Considerando os onze primeiros meses do ano, a arrecadação do seguro rural subiu de R$ 4,284 bilhões em 2018 para R$ 12,644 bilhões em 2022. Calhau ressalta que, em indenizações, o aumento foi de 428,6%, de R$ 1,950 bilhões em 2018 para R$ 10.310 bilhões em 2022. Já em relação a 2021, o produto registrou crescimento de 40% na arrecadação e pagou, pela primeira vez, mais de R$ 10 bilhões em indenizações. Um avanço de 78,6%.
Gláucio Toyama, Head Agro Swiss RE, faz uma análise e diz que é possível perceber que existe uma cultura de seguro agrícola bastante estabelecida em algumas regiões do Brasil. "Temos um papel bastante importante em relação a parceria público-privada de planejamento do governo de subvenção de movimentos de constantes e crescentes de tranquilidade entre produzidos e protegidos.", assegurou.
O mercado de seguros deve avançar com maior abrangência com produtos e ofertas mais atraentes. " Mas ainda há bons passos largos para avançarmos ainda mais. Não podemos perder de vista os passos que estamos dando. Pode ser que a gente trabalhe com um orçamento de subvenção muito parecido ao de 2022 e caminhe para um tamanho de operação igual ou menor do No último ano, por sorte os preços das commodities estão caindo e temos um tamanho de área parecido com 2021, que foi um recorde em contratação”, pontuou Toyama.
Conforme Vitor Ozaki, CEO Picsel, uma das principais dores, por incrivel que deu, é a falta de dados. As indenizações tiveram uma forte alta de 47,1% no acumulado do ano, mas despencaram 84,2% em dezembro.
Ozaki ainda ressalta que, foram R$ 13,4 bilhões em arrecadação e R$ 10,5 bilhões em indenizações no acumulado do ano, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). "É preciso mudar a mentalidade de todos. O governo precisa entender que o orçamento do programa de subvenção de seguro rural precisa ser blindado".
O talk show é realizado ao vivo no canal do Agrolink no YouTube.
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