Seguradoras precisam investir em tecnologia para garantir avanço do seguro rural no Brasil
Neste ano, fenômenos climáticos já têm deixado um rastro de destruição no país
O seguro rural desempenha um papel fundamental na segurança alimentar do mundo, pois garante que os produtores prossigam com as atividades em caso de eventos adversos. Pelo fato de ressarcir possíveis danos à lavoura, essa é uma solução extremamente importante nos dias atuais, ainda mais com a velocidade das mudanças climáticas. Segundo a Agrotools, maior empresa de tecnologia e inteligência para o agronegócio na América Latina, hoje as seguradoras necessitam de maior segurança de dados para oferecer melhor gestão de riscos e, consequentemente, obter mais benefícios e trazer condições comerciais mais favoráveis aos produtores. Nesse caso, a tecnologia se torna uma aliada do setor.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apontam que 80% dos produtores brasileiros atualmente não têm nenhum instrumento mitigador de risco contra o clima, enquanto nos Estados Unidos, a área de lavoura coberta por algum tipo de seguro se aproxima de 90%, como aponta a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Já na China, como mostra o Fundo Global para Redução do Risco de Desastres, as lavouras com algum tipo de cobertura subiram de 13,6 milhões de hectares (patamar atual do Brasil) para 166,23 milhões de hectares, entre 2007 e 2018.
“O Brasil é protagonista mundial na produção e exportação de alimentos. Porém, a contratação do seguro rural não segue o mesmo ritmo e nem todos os agricultores e pecuaristas aderiram à prática como estratégia na mitigação de riscos”, explica Lucas Tuffi, diretor comercial da Agrotools.
Neste ano, fenômenos climáticos já têm deixado um rastro de destruição no país. “Vimos acontecer mais recentemente em Petrópolis, mas também observamos chuvas intensas em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, além de outras intempéries, como geadas e secas no Sul. "Algumas condições estão fora do controle dos produtores rurais, mas a situação se agrava quando eles não têm condições financeiras para realizar a próxima safra”, ressalta. Para o executivo, a cobertura financeira é fundamental para os produtores. “O seguro rural é garantia indispensável das atividades econômicas no campo”, complementa.
Segundo Tuffi, mais do que garantir cobertura para determinadas áreas, as seguradoras devem desenvolver mecanismos e utilizar soluções digitais para melhorar essa percepção. “Como resultado, o seguro fica mais atrativo para os produtores que estão em conformidade socioambiental e protegem a rentabilidade da sua carteira com maior conhecimento sobre o campo”, completa.
Ainda de acordo com o executivo, um dos gargalos para oferecer um seguro mais qualificado é a dificuldade de compreender com exatidão os riscos envolvidos, o que acaba deixando o produto mais caro como forma de proteção das seguradoras. “Mas, em vez de testar novas ferramentas ou levar anos para desenvolver uma tecnologia proprietária, as seguradoras podem aproveitar as soluções digitais já existentes no mercado. A tecnologia tem capacidade de transformar o setor e garantir uma expansão do seguro”, destaca.
Agrotools permite maior assertividade às companhias
Diante desse cenário, entra o protagonismo da Agrotools, que facilita a gestão de dados para as seguradoras. Com três frentes de negócios - ESG, Mercado Financeiro do Agro e Business Intelligence -, a bigtech possui o maior monitoramento do mundo, do campo ao varejo, oferecendo análises que permitem a gestão de risco em toda esteira de crédito e seguro rural, a blindagem tecnológica de diversas empresas da cadeia de suprimentos nos aspectos ESG e o aporte de inteligência para as operações de venda de produtos e compra de commodities.
Ao todo, são 1,3 mil camadas de dados analisadas para diferentes elos do setor: de cooperativas, traders, resseguradoras, empresas de insumos e fundos de investimentos ao varejo alimentício. “Traduzimos o agronegócio para toda a indústria. Nosso compilado de dados, além de resolver dores do setor, antecipou problemas, criando movimentos sociais e de mercado. Hoje, a Agrotools impacta diretamente na criação de leis e ferramentas de fiscalização do governo, já que alimentamos muitos dos dados públicos”, explica Tuffi.
Diante do impacto da Agrotools em toda a cadeia, a empresa tem evoluído seu modelo de negócio ano a ano. “Estamos sempre olhando para a transformação e em como o mercado agro precisa ser mais sustentável. Vimos que não são apenas as grandes empresas que podem e devem ter acesso a dados, mas as pequenas e médias também. Por isso, criamos uma solução enterprise, focada nesse ecossistema, para que o acesso a dados e leis possa ser mais democrático", pontua o executivo. “Nós permitimos que o agro seja mais justo, transparente e otimizado. Aos poucos, vimos que empresas de diferentes setores têm a mesma demanda. E, com nossa experiência, sabemos olhar para todas essas dores e criar soluções a partir de todas as esteiras", conclui.
Hoje, a Agrotools atende mais de 200 clientes no Brasil, e 15% das maiores empresas do país, como XP Investimentos, Cargill, Sicoob, McDonalds, Nestlé, Itaú, Caramuru, BRF, Rabobank, Carrefour e Sicredi, utilizam ao menos uma de suas soluções. A marca também leva suas tecnologias para os Estados Unidos, Austrália e os vizinhos Paraguai e Argentina.
Para Tuffi, o seguro rural é uma das ferramentas mais importantes para desenvolver o agronegócio no Brasil. “Com todas as incertezas que envolvem essa atividade, é fundamental que o mercado siga crescendo, o que traz oportunidades para as seguradoras expandirem sua atuação e alcançarem maior rentabilidade. Com isso, é possível aumentar a segurança alimentar e a geração de emprego, além de trazer acréscimo de renda ao agronegócio”, finaliza.
assessoria de imprensa.