Segunda-feira terá chuva e queda de temperatura

No decorrer deste segunda-feira (07/08) a formação e avanço de uma frente fria pelo sul do país traz condições de chuva. Neste primeiro momento, as instabilidades ficam concentradas em áreas da região sul e os volumes previstos variam entre os 5 e 15 mm.

Com o avanço dessa frente fria, setores do centro-oeste e sudeste podem enfrentar um aumento ainda maior nas temperaturas, em função do acúmulo de ar quente à frente do sistema de chuvas – condição conhecida como pré-frontal. Até mesmo em Santa Catarina e Paraná, a segunda será um dia de calor e abafamento.

Áreas do leste do nordeste também devem receber chuvas nesta segunda, mas na forma de pancadas rápidas, isoladas e passageiras. Já na região norte, as instabilidades se concentram em setores do oeste.

Tendência da semana

As instabilidades da frente fria persistem sobre a região sul avançando pela madrugada da terça-feira (08). As chuvas ficam concentradas entre o norte do Rio Grande do Sul até a faixa central do Paraná. No período da tarde, essas instabilidades ganham intensidade e podem avançar até o sul e leste do estado de São Paulo.

A tendência para a noite de terça e madrugada de quarta (09) indica um fortalecimento ainda maior das chuvas e em áreas mais abrangentes. Isso é resultado da forte chegada de ar quente e úmido proveniente da região amazônica, além do fortalecimento de uma região de baixa pressão - ocasionando na formação de um novo ciclone. 

As projeções indicam que na primeira metade da quarta-feira, as chuvas podem ser fortes nos três estados da região sul. Mas até o final do dia, as instabilidades perdem força e migram para o oceano.  

Em relação às temperaturas, há uma redução no calor. Mas não é previsto frio intenso ou condições para geadas.

Veja o mapa e a previsão por região na sequência

Região Norte
Neste começo de semana, as chuvas devem se deslocar em direção ao oeste, mas ainda apresentando um comportamento muito variado e irregular. Por outro lado, a metade sul e leste da região Norte, terão mais um dia de temperaturas elevadas e baixos índices de umidade. 

Região Nordeste
As instabilidades devem retornar para o leste da região na forma de chuvas intermitentes, isoladas e passageiras. Os maiores volumes se concentram no Recôncavo Baiano, com volumes de até 10 mm. Nas demais localidades, segue a tendência de tempo seco e quente, situação que vem agravando as condições de incêndios na região, especialmente sobre o Piauí e Maranhão.

Região Centro-Oeste
A semana começa com muito calor sobre a região, isso como resposta do processo de formação de uma frente fria na região Sul. Assim a massa de ar quente ganha intensidade e se concentra sobre o centro-oeste. Até o final do dia, algumas instabilidades podem surgir ao sul do Mato Grosso do Sul, mas a previsão indica baixos volumes e baixas probabilidades. A condição do tempo favorece o avanço das operações de colheita, mas estas devem ser realizadas com cautela pois o risco de incêndios é muito alto.

Região Sudeste
A tendência para esta segunda-feira é de um aquecimento ainda maior sobre a região Sudeste, sendo essa a condição que antecede a chegada de uma frente fria. Essa condição de calor vem sendo atípica para a época do ano. Nesta segunda, as temperaturas podem superar a marca dos 33°C em áreas do noroeste Paulista, e em muitas localidades os índices de umidade ficam perto ou abaixo dos 20%. O cenário favorece os trabalhos em campo, especialmente a colheita, mas vem reduzindo a disponibilidade de água no solo.

Região Sul
O avanço de uma frente fria sobre a região, traz mudanças significativas no tempo. Saindo de uma condição de dias quentes e secos, para um cenário de mais umidade e temperaturas amenas. As chuvas devem ocorrer a partir da madrugada de segunda no extremo sul do Rio Grande do Sul, avançando até áreas ao sul do Paraná. Nesta segunda, as chuvas variam entre os 5 e 15  mm, especialmente no sul e oeste do Rio Grande do Sul. Já no norte do Paraná, além do tempo ainda seco na segunda, as temperaturas podem ficar ainda mais elevadas devido à condição pré-frontal.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*