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Secretaria de SP traça estratégias para evitar perdas nas plantações de laranja



A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo coordena uma série de medidas para a contenção da doença da 'morte súbita' que ataca as plantações de laranja.

O mal foi detectado em regiões no norte do Estado e na região sudoeste de Minas Gerais, sendo que 93% dos focos estão em solo mineiro. Em reunião realizada na quarta-feira (29), no Centro de Citricultura 'Silvio Moreira' em Cordeirópolis, um dos maiores centros de pesquisa do setor, técnicos e estudiosos apresentaram um conjunto de ações já executadas para sua contenção e a proposta de um plano no combate à doença.

Uma das medidas prioritárias deste combate começou a vigorar desde 1º de janeiro, através de portaria da Secretaria que proíbe a comercialização e transporte de mudas de citros produzidos em viveiros abertos. Hoje são cerca de 378 viveiros telados no Estado, responsáveis por cerca de 70% da produção de mudas.

São ações na área de contenção e erradicação da doença. A Secretaria, com o apoio da Fundecitrus, fez a inspeção de todos os talhões suspeitos e/ou infectados pela doença nas regiões do norte de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais. Em 4,5 mil talhões mineiros e paulistas, numa área de 11,5 mil km2 foram analisadas 13,2 milhões de árvores enxertadas sobre limão cravo, e foram encontradas 327,5 mil plantas com sintomas da doença.

'Por meio deste levantamento, a Secretaria já realiza ações na direção de conter a doença através dos técnicos da defesa agropecuária e nossos pesquisadores se concentram na produção de porta-enxertos resistentes à doença, assim como na pesquisa para a identificação do agente causal da morte súbita e no sistema de diagnóstico precoce da doença', afirma o secretário Duarte Nogueira.

A morte súbita tem se apresentado de forma mais consistente nos pomares onde o porta-enxerto utilizado é o limão-cravo, que representa 80% das plantas paulistas. Minas Gerais tem 93% das plantas com a doença concentrados nos municípios de Frutal, Comendador Gomes e Uberlândia.

Em São Paulo, a situação mais grave está no município de Colombia com 70,9% dos seus talhões infectados. Se o Brasil produz 29% da laranja mundial, isoladamente São Paulo detém 21% da laranja mundial, o que corresponde a 78% da laranja brasileira, ou seja, é o maior pomar citrícola do mundo. O Estado é também responsável por 97% das exportações brasileiras de suco de laranja.

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