Dados oficiais da Secretaria de Agricultura do Paraná indicam que 95% das cerca de 100 mil lavouras de soja do estado, que é um dos maiores produtores nacionais do grão, sejam cultivadas com soja convencional, ou seja, estão livres de soja transgênica. Nos 5% restantes existe a possibilidade de cultivo do grão geneticamente modificado, mas sem confirmação.
Os dados são os utilizados pelo departamento de fiscalização da Secretaria de Agricultura do Paraná, estado que na última safra de verão produziu mais de 10 milhões de toneladas de soja em 3,5 milhões de hectares de lavouras.
Na última safra, a 2002/03, foram denunciadas ao departamento de fiscalização 10 lavouras, num total de 100 hectares. Nessas áreas foi confirmada a presença de sementes modificadas.
Cumprir a lei
Na safra anterior, as denúncias haviam alcançado 100 lavouras, num total de mil hectares, ou menos de 0,03% do área total do estado. A orientação do governo é de um rigoroso acompanhamento sobre o comércio de sementes. A política adotada é a de fazer cumprir a lei, que hoje proíbe o cultivo dos transgênicos. As cooperativas do estado, hoje entre as maiores produtoras e esmagadoras de grãos do País, mantêm suas produções com grãos convencionais.
Muitas delas, inclusive, possuem contratos de exportação da soja convencional e, por exigência do importador, realizam o rastreamento. Porém, sabe-se que tanto cooperativas quanto produtores independentes defendem política unificada no País, o que significa poder aderir a novas práticas caso haja mudanças.
A preocupação leva em conta o fato que no caso das esmagadoras, como a cooperativa Coamo, a maior do setor soja em toda a América Latina, que recebem grãos de outras regiões do País e precisam ter controle sobre suas características genéticas.