Safrinha sofre com estiagem no MS
Outro problema verificado é a incidência de pragas como lagarta, percevejos e cigarrinha do milho
O Mato Grosso do Sul enfrenta problemas na safrinha de milho. Depois de atraso na semeadura, com cerca de 94% das operações concluídas até o final de março, agora o clima volta a influenciar negativamente.
Algumas áreas sofrem com a estiagem que impacta o Estado, especialmente na região de Dourados e Laguna Carapã. A situação das lavouras difere de acordo com a época de plantio e na região as perdas podem chegar em 60% caso não chova nos próximos dias. As médias estão entrando em pendoamento e já podem ter perdas entre 20 e 30%.
Estima-se que, na média, que 10% dos cultivos do Estado serão implantados fora do Zoneamento de Risco Climático (ZARC), considerando que os prazos máximos definidos na portaria foram estendidos em 10 dias em relação à safra passada. As lavouras plantadas mais tarde e mais fora da janela ideal estão se desenvolvendo melhor, mas também vão precisar de chuva nos próximos dias.
Outro problema verificado é a incidência de pragas como lagarta, percevejos e cigarrinha do milho. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “As lavouras implantadas em abril já utilizam baixa tecnologia e pouca adubação devido aos altos riscos e falta de seguro agrícola para estas áreas. Isso pode comprometer”, diz a companhia.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) as previsões estendidas do tempo seguem mostrando que, pelo menos até o final de abril, seguirão os baixos volumes de chuva no Centro-Sul do Brasil.
O Mato Grosso do Sul tem expectativa de colher mais de 11 milhões de toneladas de milho segunda safra, um avanço de 28% em relação à safra passada. No total de duas safras são esperadas 11,2 milhões de toneladas.