Impacto das chuvas no plantio de milho

Revisão Aline Merladete

As precipitações estão ocorrendo de forma adequada na maioria das regiões que avançam com as operações de plantio, que atingem pelo menos 45,3% das áreas monitoradas, conforme divulgado no boletim semanal da Conab. Contudo, setores próximos ao Paraguai, Argentina e Uruguai estão passando por períodos de maior demanda hídrica, devido à atuação das massas de ar quente e seco no interior do continente.

No estado de Mato Grosso, a semeadura do milho safrinha avança a passos largos, com as lavouras apresentando um bom desenvolvimento, graças às condições climáticas favoráveis que têm prevalecido.

Por outro lado, no Paraná, as chuvas, embora tenham beneficiado as lavouras com a umidade necessária para o desenvolvimento das culturas, impuseram um ritmo mais lento ao plantio. 

No Mato Grosso do Sul, a situação é mais preocupante com a baixa disponibilidade hídrica dos solos na região Centro-Sul, o que tem provocado uma redução no ritmo de semeadura.  

Goiás e Minas Gerais apresentam um cenário otimista, com as lavouras beneficiadas por boas precipitações, o que favorece o desenvolvimento inicial das culturas. No entanto, em MG, a presença da cigarrinha nas lavouras acende um alerta para os produtores.

No Tocantins, Maranhão e Pará, o progresso no plantio é evidente, com as lavouras apresentando bom estabelecimento e beneficiando-se de volumes adequados de chuva. 

 

Semana de 12 a 18 de fevereiro de 2024.
Percentual da área semeada nacional: 45,3%

Fonte: Conab.

O plantio do Milho Safrinha vem num ritmo acelerado, sendo influenciado, principalmente, pelas operações mais adiantadas no  Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Esse andamento coloca a safra atual (45,3%) 12 pontos percentuais à frente da safra anterior neste mesmo período (33.3%).

Embora o cenário seja positivo na maioria das regiões produtoras, áreas do sul do Rio Grande do Sul e sul do Mato Grosso do Sul, vem registrando um aumento na pressão hídrica.

Fonte: Conab. Elaboração: Agrotempo.

 

• Goiás: Avanço para 25,0% no plantio (+10,0% em relação à semana passada), ainda abaixo da safra anterior em 5,0%.
• Piauí: Sem alteração no plantio (0,0%), mantendo-se estável tanto em relação à semana passada quanto à safra anterior.
• Tocantins: Aumento para 35,0% no plantio (+15,0% em relação à semana passada), aproximando-se dos valores da safra anterior, que era de 40,0%.
• São Paulo: Início do plantio atingindo 6,0% (novidade em relação à semana passada), contrastando significativamente com a safra anterior, que permanecia em 0,0%.
• Minas Gerais: Recuperação para 11,0% no plantio (+8,3% em relação à semana passada), igualando ao percentual da safra anterior.
• Maranhão: Avanço para 10,0% no plantio (+5,0% em relação à semana passada), metade do progresso comparado à safra anterior de 20,0%.
• Mato Grosso do Sul: Elevação para 22,0% no plantio (+12,0% em relação à semana passada), apresentando um incremento considerável em relação à safra anterior, que era de 7,0%.
• Mato Grosso: Impressionante avanço para 67,1% no plantio (+18,8% em relação à semana passada), superando em muito o ritmo da safra anterior de 56,7%.
• Paraná: Crescimento para 40,0% no plantio (+8,0% em relação à semana passada), ultrapassando o percentual da safra anterior de 13,0%.