Safra de soja em Mato Grosso aposta em bioinsumos
O mercado de bioinsumos no Brasil está em forte crescimento
A safra de soja 2023/24 em Mato Grosso segue com desafios significativos. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), no início de novembro, 2,5 milhões de hectares ainda precisavam ser plantados, o que representa 20% dos 12,66 milhões de hectares estimados para a safra. Esse atraso pode aumentar a pressão de pragas e doenças, impactando a produtividade, projetada em 58 sacas por hectare. Embora seja seis sacas superior à safra anterior, o número está abaixo da média de 62 sacas da temporada 2022/23, evidenciando a necessidade de ações mais eficazes no campo.
Em busca de maior produtividade, muitos produtores têm investido em tecnologias sustentáveis, como os bioinsumos. André Itor Cherubini, produtor rural em Campo Verde, destaca os resultados positivos desses produtos. “Testamos bioinsumos no algodão, milho e soja, e vimos aumentos superiores a 15% na produtividade em relação à safra passada”, afirma. Entre os produtos usados estão os da Ambios, empresa mato-grossense que oferece soluções inovadoras como as linhas Marin e Beni, além dos adjuvantes Certiv.
A Ambios, parte do grupo Natter, utiliza coprodutos de peixe para criar fertilizantes ricos em aminoácidos, com foco na regeneração do solo. Produtos como o Ingrow, que melhora a biologia do solo, e o Marin Deep, que ajuda na retenção de umidade e na resistência das plantas a condições extremas, são exemplos de como a empresa contribui para a sustentabilidade e aumento da produtividade.
O mercado de bioinsumos no Brasil está em forte crescimento. De acordo com a CropLife Brasil, o setor cresceu a uma taxa média anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes acima da média global.