Safra de milho: estabilidade de preços e impactos da clima
Brasil deve exportar 5,6 milhões de toneladas de milho ao longo de novembro
No Brasil, os preços do milho apresentaram estabilidade, com pequenos recuos em algumas regiões, reflexo do bom andamento da safra de verão. Contudo, no Rio Grande do Sul, a falta de umidade em diversas localidades trouxe preocupações. A média gaúcha para a saca fechou a semana em R$ 68,14, enquanto nas demais regiões do país os valores oscilaram entre R$ 56,00 e R$ 72,00.
Segundo a CEEMA, o plantio da safra de verão no Centro-Sul brasileiro alcançou 86% da área esperada até 14 de novembro, de acordo com a AgRural. Já a Conab apontou que 52,4% da área total do país havia sido plantada até 17 de novembro. No Paraná, o plantio foi finalizado, enquanto o Rio Grande do Sul atingiu 81% da área projetada, dentro da média histórica, conforme a Emater.
Em relação ao desenvolvimento das lavouras, a Conab indicou que, na mesma data, 11,7% das áreas estavam em fase de emergência, 71,8% em desenvolvimento vegetativo, 14,4% em floração e 2,1% no enchimento de grãos. A projeção é de que o Brasil colha 119,8 milhões de toneladas em 2024/25, um crescimento de 3,6% em relação ao ciclo anterior. No entanto, o USDA é mais otimista, estimando uma colheita final de 127 milhões de toneladas.
As exportações também refletem os desafios enfrentados pela produção brasileira em 2023/24, marcada por uma quebra de 20 milhões de toneladas devido a condições climáticas adversas. Segundo a Secex, nos primeiros 10 dias úteis de novembro, o país exportou 2,75 milhões de toneladas de milho, o que representa uma queda de 25,6% na média diária em comparação com novembro de 2022. A expectativa é que as exportações finais deste mês somem entre 36 e 38 milhões de toneladas, bem abaixo das cerca de 55 milhões exportadas no ciclo anterior.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta que o Brasil deve exportar 5,6 milhões de toneladas de milho ao longo de novembro.