Safra de feijão avança, mas ainda está atrasada
Atraso em MG e restrição hídrica no Centro-Norte preocupam
De acordo com o Boletim Semanal da Conab, a safra de feijão avança em algumas regiões do Brasil, mas ainda enfrenta problemas pontuais como o atraso do plantio em Minas Gerais e a restrição hídrica no Centro-Norte. No Paraná, a estabilidade climática tem sido um fator favorável, permitindo a conclusão da semeadura e o início da colheita. Além disso, os agricultores têm conseguido realizar tratos culturais importantes, incluindo a Aplicação de defensivos preventivos e fertilizantes. Este cenário positivo contribui para a manutenção da saúde e qualidade das lavouras na região.
Em contrapartida, em Minas Gerais, enfrenta-se um cenário de atraso no plantio em comparação à safra anterior. Apesar de algum avanço recente, a situação ainda requer atenção e possíveis ajustes nas estratégias de cultivo.
Na Bahia, especificamente na região Oeste, as condições climáticas têm sido propícias para a implantação e desenvolvimento inicial das lavouras de feijão. Este fator é crucial para o estabelecimento de uma base sólida para o restante do ciclo de cultivo. O Centro-Sul brasileiro, por outro lado, está na expectativa de chuvas mais regulares. Essa regularidade é essencial não apenas para avançar no plantio, mas também para as operações de replantio necessárias em algumas áreas.
A situação é mais crítica na região Centro-Norte, onde se enfrenta uma restrição hídrica mais acentuada. Essa condição adversa tem levado a operações de replantio, o que pode impactar o cronograma e a produtividade das lavouras.
Em Goiás, apesar das temperaturas mais altas, a sanidade das lavouras de feijão é satisfatória. As lavouras mais adiantadas já estão entrando no estágio de maturação, um indicativo positivo para a próxima fase da safra.
Santa Catarina, por sua vez, registra uma diminuição nas chuvas. No entanto, a baixa insolação em muitas áreas continua sendo um desafio, afetando o desenvolvimento das lavouras. A semeadura prossegue, embora em um ritmo mais lento, e as lavouras de plantio precoce estão agora em maturação.
No estado de São Paulo, a colheita está quase concluída. As operações foram intensificadas para evitar perdas de qualidade devido às chuvas, um cuidado importante para garantir a integridade da safra.
No Rio Grande do Sul, começou a semeadura no Planalto Superior, mas o ritmo em todo o estado ainda é considerado lento. Este ritmo pode afetar as expectativas para a safra na região.
No progresso dos estádios das lavouras, observa-se uma grande variação entre as fases fenológicas das lavouras. Mesmo que o plantio ainda esteja distante da sua conclusão no âmbito nacional, pelo menos 10,4% das lavouras consideradas, já foram colhidas.
Ainda assim, a média geral, considerando o progresso da semeadura em todos os estados monitorados, aumentou de 51,8% na semana passada para 55,0% na semana atual. Este cenário ainda representa um atraso em comparação com o mesmo período da safra anterior, que estava em 70,8%.
-No Piauí, a safra ainda não foi iniciada, contudo essa condição está alinhada com os registros do ciclo anterior.
-Na Bahia, observa-se um aumento na atividade, passando de 26,0% na semana passada para 30,0% na semana atual. Apesar deste aumento, a safra ainda está muito atrasada, considerando que no mesmo período do ano anterior, o progresso era de 82,5%.
-Em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, o progresso da safra já foi concluído, assim como no ano anterior para Goiás e São Paulo. No entanto, para Minas Gerais, há um avanço notável, subindo de 84,0% na semana passada para 94,0% na semana atual, movendo-se da categoria normal para adiantada em relação à safra passada.
-O Paraná também concluiu suas operações de plantio, completando os 100% das áreas entre o último monitoramento e o atual.
-Santa Catarina apresenta um ligeiro aumento de 85,0% para 87,0%, mas ainda é categorizado como atrasado em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a safra estava em 97,0%.
-No Rio Grande do Sul, há um progresso mínimo de 63,0% para 64,0%, indicando um atraso significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o progresso era de 86,0%.
A análise é do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)