Safra de cana deve registrar queda de 4,8%
Safra foi estimada em 678,67 milhões de toneladas
A produção de cana-de-açúcar no Brasil para a safra 2024/25 foi estimada em 678,67 milhões de toneladas, segundo o terceiro levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (28). Esse volume representa uma redução de 4,8% em comparação à safra anterior. Por outro lado, a área destinada à colheita cresceu 4,3%, totalizando 8,7 milhões de hectares, evidenciando uma expansão no cultivo, embora a produtividade média tenha registrado uma queda de 8,8%, com 78.048 kg/ha previstos.
Condições climáticas e queimadas impactam produção
O desempenho negativo é atribuído principalmente a fatores climáticos adversos, como baixos índices de chuva e temperaturas elevadas, especialmente na região Centro-Sul, responsável por 91% da produção nacional. Além disso, queimadas nos canaviais contribuíram para a redução no rendimento das lavouras.
Sudeste lidera produção, mas registra queda
A região Sudeste, maior produtora de cana do país, deverá colher 434,48 milhões de toneladas, uma retração de 7,4%. O estado de São Paulo, principal produtor, é o maior responsável por essa diminuição, com uma redução de 35,24 milhões de toneladas. Apesar disso, a área destinada à colheita no Sudeste cresceu 5,7%, alcançando 5,39 milhões de hectares. Em contrapartida, a produtividade na região deve cair 12,3%, com média de 80.650 kg/ha.
Nordeste e Centro-Oeste se destacam com crescimento
No Centro-Oeste, a produção de cana-de-açúcar deve aumentar 2,5%, atingindo 148,62 milhões de toneladas. A área de colheita crescerá 3,9%, somando 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade média sofrerá uma leve redução de 1,3%, alcançando 80.451 kg/ha.
A região Nordeste também apresentou um desempenho positivo, com previsão de crescimento de 2,2% na produção, totalizando 57,72 milhões de toneladas. A colheita, que segue em ritmo avançado, deverá atingir 55% até o final de novembro.
Outras regiões
A região Sul registrará uma queda de 12,8% na produção, totalizando 33,76 milhões de toneladas, reflexo da diminuição na área cultivada e na produtividade. Por sua vez, o Norte, que representa apenas 0,6% da produção nacional, deverá crescer 3,8%, com estimativa de 4,09 milhões de toneladas, sendo que 93% da colheita já foi concluída.