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RS já contabiliza 88 casos de ferrugem da soja

Incidência precoce da ferrugem da soja preocupa produtores



Foto: Agrolink

No início da safra de soja 2023/24, o Rio Grande do Sul enfrenta um desafio preocupante: a incidência precoce da ferrugem-asiática. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o estado já contabilizou 88 casos da doença, sendo que 96% deles foram registrados antes da fase de enchimento de vagens (estádio de desenvolvimento R5), um cenário atípico se comparado a outras regiões do país.

A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa soja, alerta que o excesso de chuvas no início da safra atrasou a semeadura das lavouras, colocando-as em diferentes estágios de desenvolvimento em janeiro. Este atraso pode ter contribuído para a incidência precoce da ferrugem-asiática, especialmente em lavouras semeadas mais tardiamente, onde o fungo encontrou condições favoráveis para se proliferar.

Godoy destaca que, mesmo com a aplicação de fungicidas, produtores têm enfrentado desafios no controle da doença, evidenciando falhas no manejo. Ela ressalta a importância da escolha cuidadosa dos fungicidas, considerando que o fungo causador da ferrugem-asiática está desenvolvendo resistência aos principais grupos de fungicidas utilizados.

Diante desse panorama, a Embrapa recomenda a utilização de fungicidas em rotação, incluindo fungicidas multissítios para aumentar a eficiência de controle. Além disso, a orientação é para que o controle químico seja realizado assim que os primeiros sintomas forem observados, mesmo durante o período vegetativo, respeitando um intervalo de aplicação de 14 dias entre as aplicações.

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