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RS: estresse hídrico nas plantações afeta o plantio de soja

Na região de Bagé, na Campanha, foi observada uma redução da área plantada em alguns municípios


Foto: Divulgação

O relatório do Informativo Conjuntural, divulgado na última quinta-feira (08/02) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), revela um panorama variado das condições agrícolas da soja em diferentes regiões administrativas do estado.

Na região de Bagé, na Campanha, foi observada uma redução da área plantada em alguns municípios, devido a atrasos ocasionados pelas chuvas durante o plantio e às dificuldades operacionais associadas à implantação em um curto espaço de tempo, quando as condições eram favoráveis. Por outro lado, as precipitações beneficiaram principalmente as lavouras em estágio reprodutivo. No entanto, na Fronteira Oeste, a escassez de chuvas e a alta incidência de doenças, especialmente ferrugem, têm sido motivo de preocupação. O período seco prolongado tem causado sintomas de estresse hídrico nas plantações, como murchamento de folhas e abortamento de flores. Em Barra do Quaraí, onde existem sistemas de irrigação, as lavouras têm apresentado ótimo desenvolvimento.

Na região de Caxias do Sul, as lavouras continuam apresentando excelente desenvolvimento, com boa estatura de plantas e perspectivas positivas de rendimento, predominando a fase de floração. No entanto, a presença de lagartas em níveis moderados de infestação tem sido observada em algumas áreas.

Já em Erechim, as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento, com 10% em estágio vegetativo, 40% em fase de floração e 50% em formação de vagem e enchimento de grãos.

Na região de Frederico Westphalen, as condições climáticas adversas, marcadas por poucas chuvas, têm gerado estresse hídrico significativo para as culturas, causando incertezas quanto à manutenção do potencial produtivo das lavouras.

Em Ijuí, o prolongado período sem chuvas consistentes tem aumentado os sintomas de estresse hídrico, levantando preocupações sobre a redução da produtividade. Apesar do tempo seco, a formação de orvalho durante as noites tem favorecido a incidência de doenças, como a ferrugem.

Na região de Pelotas, onde as plantações estão predominantemente em fase vegetativa, seguida por floração e enchimento de grãos, as lavouras localizadas em regiões mais elevadas estão sofrendo com a falta de umidade, enquanto outras continuam em desenvolvimento devido ao teor residual de umidade nos solos.

Em Santa Maria, embora a chuva recente gere expectativas positivas, persiste a necessidade de precipitações adicionais, especialmente devido às temperaturas elevadas e ao aumento das áreas em florescimento e enchimento de grãos.

Na região de Santa Rosa, a maioria das lavouras está na fase de floração, seguida pelo enchimento de grãos e crescimento vegetativo. A ausência de chuvas tem causado estresse hídrico em algumas áreas, enquanto outras apresentam condições satisfatórias devido à profundidade do solo.

Por fim, em Soledade, apesar da redução das chuvas, o desenvolvimento das lavouras permanece normal, com algumas áreas apresentando presença de buva, que pode impactar negativamente a produtividade. O controle de plantas invasoras tem sido eficaz, com foco especial na ferrugem-asiática, para a qual têm sido realizadas aplicações de fungicidas.

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