RS: estiagem severa castiga de novo
Lavouras de milho e tabaco são as mais impactadas
Voltou a chover no Rio Grande do Sul depois de semanas. Um temporal na madrugada desta terça-feira (12) assustou moradores da Zona Sul do Estado com forte chuva acompanhada de ventos. Nesta segunda-feira (11) as temperaturas ultrapassaram os 40ºC em vários municípios.
No entanto a chuva tão esperada não foi volumosa, o que agrava a sitação das lavouras, especialmente na metade Sul. Muitas lavouras de tabaco não conseguiram se desenvolver e outras estão secando antes mesmo da colheita. As folhas amareladas, ressecadas e manchadas não têm valor comercial. O tabaco é a base da economia dos municípios da região e a estiagem castiga pelo segundo ano consecutivo.
Outra lavoura que preocupa é a de milho. Se na porção Norte as lavouras seguem em bom estado, mais ao Sul muitas nem emergiram ou também estão secando nas lavouras. No último levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia previsão de redução de 9,3% na primeira safra do grão, com colheita de 3.5 milhões de toneladas. Em novembro a companhia projetava alta de 44% e esperava mais de 5.6 milhões de toneladas. Um novo balanço será divulgado nesta semana e há expectativa de mais baixa.
No Estado, segundo o último levantamento da Defesa Civil, datado de 5 de janeiro, 112 municípios já haviam decretado situação de emergência mas outros já se somaram a esta situação. E as previsões não são animadoras. As chuvas devem retornar mesmo somente no inverno. Ainda entre março e maio os volumes devem ficar abaixo da média.
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Veja algumas fotos da situação:
Fumo em Chuvisca - Lisiane Tutenhagem
Lavoura de milho em Dom Feliciano - Simone Zalewski da Silveira
Milho em Amaral Ferrador - Divulgação Fumicultores Unidos
Milho em Encruzilhada do Sul - Juliano Ciríaco
Lavoura de fumo em Chuvisca - Valnei Kront
Lavoura de milho em Dom Feliciano - Zélia Studzinski