RS: agricultor de Soledade investe na produção de morangos
A procura dos consumidores fez o agricultor do município de Soledade, investir na produção de morangos
A procura dos consumidores fez o agricultor Dagoberto da Veiga Knopf, do município de Soledade, investir na produção de morangos. Com o início da primeira colheita dos frutos nesta semana a família está otimista. "O morango tem bastante procura pelo consumidor na cidade. Há alguns anos minha irmã, Deise, foi em uma reunião com a Emater e desde então me incentivou a investir na produção de morango", lembra. A comercialização será realizada na propriedade da família na localidade de Espraiado, próximo à BR-386, entrega nas residências, padarias, supermercados, entre outros.
A família sempre teve no cultivo de hortaliças importante fonte de renda. Agora a atividade que é exercida pelo patriarca, João Antônio, se soma à produção de morangos realizada pelo filho, que conta com a ajuda da mãe Adélia, e proporciona uma nova fonte de renda.
Para iniciar a produção Dagoberto contou com o apoio da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Além da orientação sobre o plantio, manejo, construção da estufa e da assistência técnica continuada, o agricultor participou em 2019 do curso "produção de morango em substrato, sem resíduo de agrotóxico" promovido no Centro de Treinamento da Emater/RS-Ascar de Teutônia.
Com as informações sobre a produção o agricultor decidiu investir na construção da estufa. Com 180 m² a estrutura abriga duas mil mudas da variedade San Andreas. "Escolhemos essa variedade porque é uma das que melhor se adapta a essa forma de cultivo em substrato e também porque permite a produção praticamente o ano todo", observa Dagoberto.
O extensionista rural Agropecuário da Emater/RS-Ascar, Ederson Garcia, explica que essa forma de produção é uma das que permite melhor controle da produção. "O cultivo em substrato é um sistema que permite um maior controle por parte do agricultor, pois a adubação é por fertiirrigação, em estufa, com temperatura controlada. O manejo maior é na colheita e com a limpeza e poda do excesso de folhas", observa. A irrigação das plantas é realizada for sistema de gotejamento, uma vez ao dia. "Com as baixas temperaturas registradas nos últimos dias irrigar as plantas uma vez ao dia é suficiente. Com a elevação das temperaturas vamos analisando a necessidade das plantas", completa Dagoberto.
Garcia ainda destaca que o clima frio registrado em Soledade não é empecilho para a produção. "Em Soledade podemos cultivar qualquer tipo de fruta, basta estudar a necessidade de cada variedade e como adaptar ao clima. No caso dos morangos basta deixar as cortinas da estufa abertas durante o dia para a entrada do sol e fechar no fim do dia para manter a temperatura interna", pondera.
Apoio
Além da assistência técnica da Emater/RS-Ascar a família contou com o acesso ao Banco do Empreendedor, projeto da Prefeitura de Soledade que já investiu cerca de R$ 3 milhões de recursos do município em iniciativas de empreendedores e que, a partir de 2021, viabilizou o acesso de agricultores aos recursos. "Financiamos R$ 5 mil pelo Banco do Empreendedor, o que nos possibilitou instalar as cortinas nas estufas", observa Dagoberto.
Por esse projeto, munícipes podem financiar até R$ 15 mil, valor que será devolvido sem juros ao município e em prestações.