Rigor fitossanitário impulsiona colheita da soja na Bahia
O monitoramento fitossanitário é um diferencial
A colheita da safra 2024/25 de soja na Bahia começou com boas perspectivas. Dos 2,1 milhões de hectares cultivados, 1,5% já foi colhido, cerca de 35 mil hectares. Além do volume, o rigor fitossanitário tem sido essencial para a qualidade da produção. A soja ocupa 66,7% da área agrícola do estado, e o controle eficiente de pragas e doenças fortalece sua competitividade.
Segundo Moisés Schimdt, presidente da Aiba, a colheita segue o ritmo do ano passado e deve acelerar nos próximos dias. “A colheita segue em ritmo semelhante ao do ano passado, e esperamos uma intensificação nos próximos dias. Houve um aumento de 8% na área plantada, tanto no sistema sequeiro quanto no irrigado. Além disso, as condições climáticas estão mais favoráveis, o que nos permite projetar uma produtividade média de 67 sacas por hectare. Esse desempenho reflete a competência dos produtores e o suporte técnico empregado no campo”, comenta.
O monitoramento fitossanitário é um diferencial. O Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e ações da Aiba e Abapa garantem aplicação precisa de fungicidas e fiscalização contínua. Segundo Luiz Carlos Bergamaschi, vice-presidente da Aiba, não há registros da doença nas lavouras, reflexo do controle preventivo e da adoção de boas práticas.
Já Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, destaca a organização dos produtores e o uso de tecnologias avançadas. Mesmo diante dos desafios climáticos, a Bahia se consolida como referência em sanidade e inovação no cultivo da soja.
“Os produtores baianos se destacam pela organização e pela rápida adoção de novas tecnologias. Foram pioneiros no uso ampliado de fungicidas multissítios para manejo da resistência e discutem constantemente estratégias como a janela de semeadura. Essa união e proatividade fazem a diferença no enfrentamento de desafios fitossanitários”, destaca.