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Reunião técnica em Fortaleza discute controle de doença em coqueiros

O controle da resinose em coqueiros será o tema de uma reunião técnica que acontece nesta sexta-feira, 27 de novembro, das 8h às 12h, na Embrapa Agroindústria Tropical


O controle da resinose em coqueiros será o tema de uma reunião técnica que acontece nesta sexta-feira, 27 de novembro, das 8h às 12h, na Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza – CE), unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A resinose é a doença mais preocupante hoje para a cultura do coco. Causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa provoca o declínio e morte das plantas, causando grande devastação nas palmeiras de um modo geral. Os primeiros focos da doença foram registrados em 2004 no Brasil. Desde então, tem se disseminado gradualmente, aumentando o numero de áreas/plantas infectadas.

O estado do Ceará é o terceiro maior produtor de coco do Nordeste (235 milhões de frutos em 2008, de acordo com o IBGE) depois da Bahia e Sergipe. A doença já foi registrada nos municípios de Paraipaba e Paracuru. O pesquisador Fábio Miranda, da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza - CE), organizador da reunião técnica, alerta que a doença espalha-se, sobretudo, em áreas de coqueiros irrigados. Boa parte da produção no Ceará é irrigada.

Segundo a pesquisadora Joana Maria Santos Ferreira, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE), a situação é preocupante porque a resinose em estágio avançado ainda não tem cura. O fungo sobrevive em restos de culturas espalhadas no solo e ataca o coqueiro sob estresse e age em ambiente úmido, causando podridão em tronco e raízes de diversas espécies de plantas. No caso das palmeiras, a doença é arrasadora. “Há registro de plantação no Ceará com 20% das plantas já atingidas pela doença”, alerta Joana Ferreira.

A pesquisadora Joana Ferreira fará palestra na reunião técnica sobre a situação atual da ocorrência da resinose do coqueiro no Brasil. Participarão da reunião produtores; pesquisadores; representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará (SDA); do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ematerce; BNB; ADAGRI; ADECE e Câmara Setorial da Fruticultura. Os participantes discutirão a ocorrência e a evolução da resinose na cultura do coqueiro e proporão ações e medidas de controle.

DISSEMINAÇÃO - A resinose dissemina-se através de insetos vetores (como a broca-do-olho – Rhynchophorus palmarum), do solo contaminado, do respingo de água no estipe e das ferramentas usadas na colheita ou na erradicação das plantas doentes e mortas. A doença tem como hospedeiros primários a bananeira, a cana-de-açúcar e o abacaxi.

O fungo que causa a doença é um patógeno vascular e de solo que pode sobreviver por longos períodos na terra e em restos de cultura em decomposição. Atua tanto em ambientes úmidos quanto em ambientes secos e pode penetrar na planta através de ferimentos e das fissuras naturais de crescimento do estipe. Os principais sintomas da doença são aparecimento de um líquido escuro com odor fermentado e manchas marrom ou avermelhada. As informações são de assessoria de imprensa.

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