Reta final da colheita pressiona preços do trigo no Brasil
No Rio Grande do Sul, a média mensal do trigo foi de R$ 1.265,61 por toneladas
Os preços internos do trigo seguem pressionados em meio à reta final da colheita, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, a desvalorização do Real frente ao dólar, que atingiu patamares recordes, pode contribuir para sustentar os valores internos, dado o aumento nos custos de importação. Pesquisadores do Cepea destacam que esse cenário reflete as dinâmicas do mercado nacional e internacional.
No Rio Grande do Sul, a média mensal do trigo foi de R$ 1.265,61 por tonelada em novembro, representando uma queda de 1,1% em relação a outubro/24 e de 0,3% frente a novembro/23, considerando valores deflacionados pelo IGP-DI. No Paraná, o preço médio permaneceu estável no comparativo mensal, em R$ 1.429,98/t, mas registrou alta de 7,4% na comparação anual.
Em São Paulo, os valores tiveram um incremento mais expressivo: altas de 3,2% em relação a outubro e de 23,6% frente a novembro/23, com a média mensal em R$ 1.584,73/t. Em Santa Catarina, o preço médio foi de R$ 1.426,82/t, recuando 1,5% na análise mensal, mas subindo 2,6% no comparativo anual.
Embora os preços tenham recuado em algumas regiões, o dólar valorizado tende a limitar reduções mais acentuadas nos valores internos, dado o impacto nos custos de importação do cereal.