Relação de troca da soja no MT foi favorável
Nesse contexto, a relação de troca está 8,7 sc/t abaixo do registrado no fim de maio de 2022
De acordo com Flavia Bohone, especialista em fertilizantes da Argus, a relação de troca para a soja no estado do Mato Grosso está mais favorável para o agricultor do que estava há um ano. Ele explica que, na última semana de maio, agricultores precisavam dispor de 16,59 sacas de soja por 1t de fertilizante, considerando os preços em reais da cesta NPK em Rondonópolis. Trata-se de uma queda de 1,2 sc/t na comparação com o fim de abril.
“A relação de troca para a soja em Mato Grosso encerrou maio mais favorável para o agricultor brasileiro do que há um ano, mas a comercialização de fertilizantes segue em ritmo lento no mercado doméstico. A expectativa é que a comercialização de fertilizantes para aplicação na safra 2023-24 de soja se intensifique em junho. Há rompimento de alguns contratos, com compradores buscando preços mais baixos de adubos. Alguns agricultores postergam as compras, esperando por mais recuos nos preços de fertilizantes e por mais quedas da relação de troca”, comenta.
Nesse contexto, a relação de troca está 8,7 sc/t abaixo do registrado no fim de maio de 2022, quando os preços dos fertilizantes estavam em níveis mais altos, após o início da guerra na Ucrânia. “A relação de troca é a principal forma de financiamento da produção agrícola brasileira e mede a quantas sacas de 60kg de soja são necessárias para trocar por 1t de fertilizante, que será usado para a produção da próxima safra”, indica.
Em conclusão, a relação de troca da soja no Mato Grosso está favorável para os agricultores, com uma redução na quantidade de sacas de soja necessárias para adquirir fertilizantes. Apesar do mercado de fertilizantes estar lento, espera-se que a comercialização se intensifique em junho. A relação de troca atual está mais baixa do que no ano passado, proporcionando um financiamento importante para a produção agrícola brasileira.