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Recuperação hídrica no Sul e as precipitações no Norte

Veja como foi o período agrícola de maio



Foto: Pixabay

Durante as primeiras três semanas de maio, as chuvas marcaram as regiões Norte e Sul do Brasil, contribuindo para a recuperação do armazenamento hídrico e favorecendo a agricultura, conforme dados do Boletim de Monitoramento dos Cultivos da Conab.

No Norte, os volumes de precipitação alcançaram até 315 mm em áreas do Amazonas e do Pará, impulsionando o desenvolvimento do milho de segunda safra. No Sul, as chuvas se concentraram mais no Rio Grande do Sul, onde os volumes variaram entre 105 e 210 mm. Isso auxiliou na recuperação do armazenamento hídrico, embora a distribuição das chuvas tenha sido irregular.

Apesar da redução das precipitações nas semanas seguintes, a situação beneficiou a colheita de cultivos de primeira safra e o preparo das áreas para a semeadura de cultivos de inverno nas regiões produtoras.
No entanto, no Centro-Sul do país, predominou o tempo seco entre 15 e 21 de maio, o que resultou em uma diminuição da umidade no solo em algumas áreas. Apesar disso, a umidade foi suficiente para atender a demanda hídrica das lavouras de algodão e milho de segunda safra na maior parte do país, graças às temperaturas mais amenas, que contribuíram para a menor evaporação de água.
No geral, a média diária de armazenamento hídrico no solo ficou entre 35 e 60% na maioria das regiões produtoras, garantindo a manutenção da umidade necessária para a semeadura, o manejo e o desenvolvimento das lavouras.
Infelizmente, a exceção ficou por conta de partes da Bahia, além do Noroeste, Norte e Centro de Minas Gerais, e do Centro-Oeste de Goiás. Nessas áreas, a restrição hídrica afetou as lavouras em estágios reprodutivos, agravando o déficit hídrico em algumas áreas.
O Índice de Vegetação dos principais estados produtores de milho de segunda safra apresenta normalidade no desenvolvimento das lavouras. Mesmo com atraso na semeadura, o índice está evoluindo acima da safra anterior e da média histórica em quase todas as regiões.

Fica, então, a esperança para os produtores, de que as condições climáticas continuem a favorecer a produção agrícola nos próximos meses.

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon*.

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