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Recuperação da suinocultura de SC deve ser demorada mesmo com a retomada das exportações para Rússia


O setor suinícola de Santa Catarina deve demorar para se recuperar da crise vivenciada pelor produtores, mesmo com a retomada das vendas para a Rússia. O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, acredita que a partir da reabertura das exportações de carne suína para a Rússia, ainda serão necessários vários meses para que o mercado se normalize e absorva toda a produção. Este resultado, segundo ele, também está atrelado a um aumento no consumo do mercado interno, que é esperado para o segundo semestre deste ano.

"Nós estamos vindo de uma queda considerável no consumo durante 2002, e esperamos uma retomada a partir de agora, principalmente com o mix de produtos industrializados de carne suína", disse ele. A queda no ano passado foi de 9,9% e se este mesmo índice se repetir neste ano e o embargo russo persistir, a atividade corre riscos de tornar-se inviável.

A abertura de novos mercados, como o europeu, é visto com otimismo por Secches, que assinala como ponto negativo a necessidade de aguardar certificação de sanidade para comercializar produtos naquela região, o que poderia levar até dois anos. "Sem dúvida que é interessante exportar para a Europa, mas não adianta ficar sonhando e fazer de conta que o problema será resolvido de uma hora para outra", avalia.

O executivo garantiu que a empresa está oferecendo alternativas para os criadores que enfrentam dificuldades, ao mesmo tempo em que quer manter a parceria. "Temos um compromisso com eles e seremos parceiros em amplo sentido", garantiu. Quanto ao preço pago pelo quilo de suíno, ele disse que não há a menor expectativa de melhora a curto prazo.

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