Recomendações para fixação do milho na B3
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o rápido progresso da colheita nos EUA
De acordo com a TF Agroeconômica, os preços do milho ainda não cobrem integralmente os custos de produção da safra atual, que foram estimados pelo Deral-PR em R$ 73,60 por saca para produtores que alcançam 80 sacas por hectare. A análise da consultoria aponta que há mais fatores indicando queda do que alta nos preços e recomenda que os produtores aproveitem os valores futuros da B3 para os próximos meses, como os R$ 73,44 para janeiro, para fixar tanto a produção restante da última safra quanto a colheita futura, incluindo a safra de verão e a safrinha.
Entre os fatores de alta, destaca-se no mercado internacional a importante venda de 1.623.060 toneladas de milho dos EUA para o México, confirmada pelo USDA. Além disso, o relatório semanal das exportações dos EUA foi positivo, superando as expectativas. No Brasil, o aperto no suprimento da última safra e a alta demanda das indústrias também sustentam os preços.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o rápido progresso da colheita nos EUA, favorecido pelas condições climáticas secas, o que reduz a demanda por milho brasileiro e pressiona os preços internos. Além disso, a normalização das chuvas no Centro-Oeste brasileiro aumenta as chances de uma safrinha normal, o que poderia estabilizar ainda mais o mercado.
Com a colheita americana em ritmo acelerado e prêmios no Brasil zerados, a tendência é que os preços domésticos caiam no curto e médio prazos. Segundo a Conab, 80% da produção de milho na safra 2024/2025 dependerá da safrinha, o que torna o monitoramento das condições climáticas essencial para as próximas semanas.