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Realocação para silagem diante das perdas na safra de milho

Muitas áreas foram afetadas pela estiagem



Foto: Nadia Borges

A produção de milho destinado à silagem no estado do Rio Grande do Sul está com uma área cultivada estimada em 348.549 hectares e uma produtividade projetada de 35.518 kg/ha, conforme dados do Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Na região administrativa de Bagé, o processo de ensilagem continua em municípios com grande número de rebanhos leiteiros na região da Campanha. Muitas áreas inicialmente planejadas para a produção de grãos foram afetadas pela estiagem e realocadas para a produção de silagem. Em locais como Aceguá, onde a operação atinge 40% da área plantada, as perdas chegam a 20%. Em Candiota, as perdas estimadas são de 40%, com 15% da área cultivada destinada à ensilagem. Em Hulha Negra, as lavouras estabelecidas entre o final de novembro e início de dezembro enfrentaram baixas produtividades devido a problemas como falhas de estande e desenvolvimento vegetativo comprometido pelo excesso de umidade e altas temperaturas.

Por outro lado, as lavouras plantadas no final de dezembro e início de janeiro apresentam bons estandes, mas sofrem com o secamento precoce das folhas devido à falta de umidade recente. Os produtores planejam o corte dessas lavouras nos próximos dias, mesmo que os grãos ainda não estejam completamente desenvolvidos, para evitar maiores perdas no volume e qualidade da silagem, que são agravadas pelo secamento das folhas. Além disso, a presença de porcos e javalis tem causado prejuízos adicionais, principalmente pelo tombamento das plantas.

Na região de Soledade, o padrão das lavouras destinadas à safrinha para silagem é considerado adequado. O aumento na frequência de chuvas desde o final de fevereiro tem favorecido o crescimento das lavouras em desenvolvimento vegetativo, e sua progressão para a fase reprodutiva. Predominam lavouras em fase de enchimento de grãos, e algumas áreas com semeadura tardia ainda estão recebendo adubações nitrogenadas em cobertura. Nessas áreas, também está sendo realizado o manejo de pragas como lagarta-do-cartucho e cigarrinha.

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