Quênia está perto do algodão transgênico
Produtividade aumentará consideravelmente
O Quênia está se aproximando da comercialização do algodão Bt, uma variedade de algodão geneticamente modificado de alto rendimento, resistente às notórias pragas e minhocas. A colheita passou por duas temporadas bem-sucedidas de testes nacionais para determinar quais variedades são adequadas para quais zonas ecológicas.
Dr. Charles Waturu, pesquisador principal do algodão Bt na Organização de Pesquisa Agrícola e Pecuária do Quênia (Kalro), disse ao Nation que a nova safra pode render mais que o dobro do equivalente híbrido convencional. "Em Mwea, colhemos 6.000 quilos de algodão Bt por acre contra 2.000 quilos para as variedades convencionais", explicou.
Com os resultados do teste agora disponíveis, os pesquisadores estão finalizando um relatório para o Gabinete em uma medida que poderia permitir o levantamento da proibição de importações de organismos geneticamente modificados (OGM) e o cultivo da safra.
O Ministério da Saúde proibiu os OGM em 2012 por questões de segurança, usando a publicação agora desacreditada de Gilles-Eric Seralini, que vinculava alimentos geneticamente modificados ao câncer. Mas o ministério declarou que a proibição será levantada caso a caso. Quando o Quênia adotar o algodão Bt, ele se juntará a países como África do Sul, Sudão, Suazilândia, Etiópia, Nigéria e Malawi, entre outros países africanos que aprovaram a comercialização de culturas biotecnológicas.
As partes interessadas no setor têxtil estão otimistas quanto ao fato de que o cultivo do algodão Bt ajudará a revitalizar as fábricas têxteis em dificuldades, além de melhorar a subsistência dos agricultores. O Dr. Wilberforce Oundo, deputado da Funyula e membro do Comitê de Indústria, Comércio e Cooperação da Assembleia Nacional, instou as agências envolvidas na aprovação da tecnologia a acelerar a comercialização.
"O presidente tem sido claro em seu apoio ao algodão Bt, mas as agências do governo têm percorrido o país e os parlamentares estão esperando para ver o relatório", observou ele.
