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Queda no câmbio pressiona mercado da soja no Brasil

Farelo de soja deve alcançar recorde nas exportações



Foto: Canva

De acordo com a análise semanal do Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), divulgada na última quinta-feira (12), o mercado de soja demonstra estabilidade nos preços no Brasil, mas com viés de baixa devido à valorização do real. O câmbio abaixo de R$ 6,00 por dólar, impulsionado pelo aumento de um ponto percentual na Selic, foi um dos principais fatores dessa tendência. A média de preços no Rio Grande do Sul fechou em R$ 129,41 por saca, enquanto outras regiões brasileiras registraram valores entre R$ 125,00 e R$ 137,00.

O plantio da safra 2024/25 atingiu 95% da área estimada no país até 5 de dezembro, beneficiado por chuvas regulares nas regiões produtoras, segundo a AgRural. Já a comercialização antecipada dessa safra alcançou 31,2% da produção esperada, projetada em 171,8 milhões de toneladas. Embora acima dos 27% registrados no mesmo período do ano passado, o índice ainda está abaixo da média histórica de 35,5%, conforme apontado pelo Ceema.

A comercialização da safra anterior (2023/24) avançou para 95,6% da produção total, superando os 92,6% do levantamento anterior, de acordo com a Safras & Mercado.

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Segundo a análise semanal com base nos dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no Mato Grosso, a comercialização antecipada da nova safra chegou a 41,1% da produção prevista. O preço médio de negociação da safra nova em novembro foi de R$ 111,68 por saca, registrando leve alta de 0,62% em relação a outubro. Ainda assim, o índice de comercialização está abaixo da média histórica de 47,6% para esta época no estado.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que o complexo soja perdeu sua liderança nas exportações nacionais entre janeiro e novembro, fato raro nos últimos dez anos. A queda é atribuída aos menores preços internacionais da oleaginosa e seus derivados em 2024, além de uma redução de 1,3% nas vendas em relação ao recorde de 2023.

O petróleo assumiu a liderança, impulsionado pelas exportações do pré-sal. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações de soja em dezembro devem alcançar 1,6 milhão de toneladas, o menor volume mensal de 2024 e 50% abaixo do registrado em dezembro de 2023. O Brasil deve encerrar o ano com exportações de 97,4 milhões de toneladas de soja, frente às 101,3 milhões de 2023. Apesar disso, o farelo de soja alcançará um recorde, com 1,9 milhão de toneladas exportadas em dezembro, totalizando cerca de 23 milhões de toneladas em 2024.

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