Quebra de safra preocupa produtores de oliveira
Os olivais estão passando pela fase de maturação dos frutos das cultivares mais precoces
Na região de Bagé, Campanha e Fronteira Oeste, os olivais estão passando pela fase de maturação dos frutos das cultivares mais precoces. A colheita está prestes a iniciar nos próximos dias, porém, a expectativa de uma quebra de safra significativa parece se confirmar. Relatos de produtores em São Gabriel indicam que em alguns pomares mais afetados pelo clima adverso, a colheita não será realizada.
Uma agroindústria importante instalada em Bagé, responsável pelo processamento de azeitonas de diversos municípios da região, estima receber apenas de 15 a 20 toneladas de frutas para extração de azeite, o que representa menos de 10% do volume recebido na safra anterior. A baixa produtividade dos pomares está gerando gastos mais elevados por hectare com a colheita. Além disso, os custos dos insumos estão mais altos devido à pressão constante de doenças fúngicas, como repilo e antracnose, além de ataques severos de lagartas em algumas áreas, demandando aplicações frequentes de fungicidas e inseticidas.
Enquanto isso, na região de Santa Maria, a cultura da oliveira também enfrentou desafios devido às condições climáticas adversas no segundo semestre de 2023. A perspectiva de quebra na produtividade para esta safra é preocupante, chegando a cerca de 50%, como observado em Cachoeira do Sul. Os produtores acompanham de perto a situação, buscando medidas para mitigar os impactos e garantir a sustentabilidade da atividade na região.