O El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal das águas na região Oceano Pacifico Equatorial, tem capacidade de modificar os padrões do clima em todo o planeta, incluindo o Brasil.
As características mais marcantes do fenômeno aqui no País, podem ser resumidas como: o aumento das temperaturas médias, aumento das chuvas na região sul e redução das chuvas na região norte e nordeste – padrões que vêm se concretizando ao longo dos últimos meses e devem persistir pelos próximos.
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Na mais recente projeção do Bureau de Meteorologia Australiano (BOM) – referência no monitoramento do El Niño – devemos seguir com o fortalecimento do fenômeno nos próximos meses.
Fortalecimento, diga-se, aumento das temperaturas na região do Pacifico Equatorial. A tendência indica que o período de maior intensidade deve ocorrer em Janeiro de 2024 com anomalias de temperatura que passam de +2°C, limiar que classifica o fenômeno como muito forte.
Na prática isso quer dizer que nos próximos meses, incluindo todo o verão, o clima deverá ser regido pelas características do El Niño.
Neste momento é muito incerto afirmar até quando o fenômeno deve persistir, uma vez que até o final da projeção – Março de 2024 – ainda há condições para a presença do El Niño com intensidade moderada.
Já avaliando as projeção de longo prazo – as quais apresentam um grau de incerteza muito elevado – até o inverno de 2024 podemos ter os efeitos do El Niño. Mas este é um cenário provável, já que a duração da fase positiva do fenômeno dura em média de 1 a 2 anos, com o maior período registrado entre 1957 (Março-Abril-Maio) a 1959 (Fevereiro-Março-Abril), com uma fase de enfraquecimento em 1958.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*