Qual é a recomendação para quem tem trigo?
A recomendação é que moinhos aproveitem o mercado físico em dezembro e janeiro
A TF Agroeconômica destacou em relatório que os preços do trigo estão sendo influenciados por dois fatores principais: a colheita em andamento no Brasil e na Argentina, que mantém os valores pressionados até janeiro, e a possibilidade de exportadores russos anteciparem embarques antes das restrições que entrarão em vigor em fevereiro. A partir da segunda quinzena de fevereiro, há expectativa de alta significativa nos preços, tanto no mercado interno quanto na Bolsa de Chicago (CBOT), com tendência de valorização até julho, impulsionada por perspectivas de safra maior devido ao aumento dos preços.
A recomendação é que moinhos aproveitem o mercado físico em dezembro e janeiro e utilizem contratos futuros para garantir menores custos no primeiro semestre de 2025os fatores de alta, a TF Agroeconômica destacou uma queda de 10% na produção de trigo da Europa, atingindo o menor volume em 12 anos, e a introdução de uma cota de 11 milhões de toneladas para exportações de trigo pela Rússia, que reduz a disponibilidade no mercado internacional. Além disso, o governo russo aumentou a tarifa de exportação de trigo, priorizando o abastecimento interno. No Brasil, a oferta no Rio Grande do Sul está limitada, com 2,787 milhões de toneladas restantes para comercialização até julho de 2025, o que pode pressionar os preços especialmente a partir do segundo trimestre .
No enuns fatores limitam a valorização no curto prazo. Entre eles estão as fracas exportações dos Estados Unidos, com volumes abaixo do esperado, e a possível antecipação de embarques russos antes do início das cotas de exportação. Essas dinâmicas podem segurar os preços temporariamente, mas não eliminam a tendência de alta projetada para os meses seguintes .
Com base nesse, a TF Agroeconômica sugere que compradores garantam estoques nos próximos meses e utilizem o mercado futuro para se proteger das variações de preço. A expectativa de alta de cerca de R$ 100 por tonelada por mês, especialmente entre março e julho, reforça a necessidade de planejamento estratégico para mitigar custos e assegurar a competitividade no mercado .