Qual a tendência dos preços do milho?
Estoques apertados e clima estão pautando o cereal
De acordo com o que informa a TF Agroeconômica, a tendência é de que os preços do milho permaneçam elevados, tanto no mercado físico, quanto no mercado futuro do Brasil, assim como no mercado futuro de Chicago e dos preços internacionais. Esses panoramas valem não somente para a safra de verão (como estão), mas podem se estender também para a Safrinha.
“A exportação deverá ter forte apelo, o que poderá provocar escassez no mercado interno (que também tem forte demanda pelo setor de carnes), podendo haver grande disputa por matéria-prima e consequente manutenção dos preços elevados”, comenta.
O principal fator para que isso aconteça é “o estoque final apertado que ambos os grãos têm globalmente, mas particularmente nos Estados Unidos. Nesse sentido, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA, a relação estoque/uso da soja no final da atual campanha no país dos EUA será de apenas 3%, bem abaixo de 13% no final da campanha anterior e a menor desde 2013/14.
“Para se ter uma noção de quão apertada é a situação, isso implica que os estoques no final da temporada seriam suficientes para atender à demanda (supondo que ela seja sustentada no novo ciclo) por apenas uma semana e meia. Algo semelhante acontece com o milho, já que, para a temporada atual, a relação estoque/uso deve terminar em 9%, a menor também desde 2013/14”, completa.
O segundo dos fatores que influenciam esse aumento é a questão climática nos Estados Unidos e no Brasil. “No hemisfério norte, uma onda fria atingiu a região das planícies e cinturão de milho, atrasando drasticamente o plantio de ambas as culturas e a germinação de lotes já implantados”, conclui.