Quais são as condições da pecuária no RS?

Na região de Bagé, os campos nativos estão apresentando boa quantidade de massa verde, melhorando a disponibilidade de forragem. A falta de chuvas começa a afetar o desenvolvimento do pasto em algumas áreas de solo arenoso. O escore corporal do gado melhorou, porém, os produtores aguardam por condições mais favoráveis de preços para comercialização, que continua limitada devido ao mercado retraído para o gado gordo e categorias de reposição.

Em Caxias do Sul, os animais criados em pastagens apresentam boa condição corporal e ganho de peso satisfatório devido ao desenvolvimento das forrageiras. O conforto térmico otimizou a ingestão de pasto e a produtividade. Na região de Erechim, o mercado está em baixa devido à alta oferta e baixa demanda, refletindo em dificuldades de negociação de animais.

Em Passo Fundo, persistem os desafios na comercialização de animais, especialmente para recria e terminação, devido aos preços baixos. Na fase predominante de reprodução, em Pelotas, ainda são realizadas algumas Inseminações Artificiais em Tempo Fixo (IATFs). Apesar das boas condições corporais, alguns animais enfrentam problemas de saúde, como bicheira, carrapato e mosca.

O rebanho de corte em Santa Maria apresenta condições nutricionais adequadas devido à disponibilidade de pasto, com expectativa de melhora com as precipitações. Os pecuaristas em Santa Rosa enfrentam preços desfavoráveis, retendo bovinos terminados à espera de uma melhora na comercialização.

Em Soledade, observa-se ganho de peso devido à oferta abundante de forragem. No entanto, em áreas onde o manejo ocorre em campos nativos sobre solos pobres, a oferta de pasto é reduzida, agravada pela restrição hídrica.

O preço médio do boi aumentou 1,75%, de R$ 7,99 para R$ 8,13, enquanto o preço da vaca para abate aumentou 2,05%, de R$ 6,82 para R$ 6,96/kg vivo, de acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar.