Proibir milho transgênico no México geraria fome e custos
Sob a proibição, o México pagará mais pelas importações de milho
Um novo relatório de impacto econômico mostra que a proibição iminente do México ao milho transgênico e à política de biotecnologia agrícola prejudicará as economias de ambos os lados da fronteira EUA-México e piorará a segurança alimentar dos cidadãos mexicanos, assim como a inflação e a tensão nas cadeias de suprimentos estão afetando os consumidores em todo o mundo.
“A proibição proposta forçará os sistemas de manuseio de grãos norte-americanos a se dividirem em dois fluxos (milho GM e não GM), uma abordagem mais cara, desencoraja a inovação e sujeita as cadeias de suprimentos a maior tensão e volatilidade”, diz o relatório, elaborado pela World Perspectives Inc. para a CropLife International.
Sob a proibição, o México pagará mais pelas importações de milho, da ordem de US$ 4,4 bilhões adicionais nos próximos 10 anos. Os preços das tortilhas de milho aumentariam 30% no primeiro ano da proibição e 42% no segundo ano, piorando a segurança alimentar e reduzindo os gastos dos consumidores em toda a economia do México. Isso se traduz na perda de 138.000 empregos e uma provável redução de US$ 4,3 bilhões no PIB do México. Nos EUA, a produção econômica cai US$ 16,5 bilhões e o PIB encolhe US$ 7,95 bilhões.
Em 31 de dezembro de 2020, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou que o país deixaria de importar milho geneticamente modificado (GM ou transgênico) para consumo humano até 2024. O México foi o maior mercado de exportação de milho dos EUA até 2021, quando a China assumiu o primeiro lugar. O México ainda responde por quase um quarto das exportações de milho dos EUA.