Programa visa combater vetor do greening
Produto entregou indicadores de controle do psilídeo de 80% a 100%
A presença do greening em São Paulo aumentou 56% - Foto: Canva
Durante a Expocitros 2024, realizada em Cordeirópolis, São Paulo, de 4 a 7 de junho, a Sipcam Nichino Brasil mobilizou sua equipe técnica para promover o controle do ‘greening’ nos pomares. Esta doença, transmitida pelo inseto psilídeo-dos-citros (Diaphorina citri), é atualmente a principal preocupação do setor citrícola, causando significativas perdas de produtividade e aumentando o preço da laranja.
A Sipcam Nichino, uma das líderes do setor de agroquímicos, desenvolveu uma nova estratégia para oferecer aos produtores um manejo eficaz dessa praga. O programa utiliza o inseticida Fiera e o acaricida Fujimite, ambos do portfólio da empresa. Segundo a companhia, a integração desses produtos proporciona eficácia e uma boa relação custo-benefício para os produtores.
“Nas avaliações a campo, realizadas na Estação Experimental Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico (IAC), Fujimite foi aplicado em diferentes doses e entregou indicadores de controle do psilídeo de 80% a 100%, nos períodos de três dias, cinco dias e sete dias após aplicado”, exemplifica Marcelo Palazim, engenheiro agrônomo, da área de desenvolvimento de mercado.
De acordo com um agrônomo, o inseticida Fiera, lançado este ano no Brasil, possui propriedades que regulam o crescimento de insetos. Seu ingrediente ativo, a buprofezina, atua por contato e vapor sobre todas as fases do psilídeo-dos-citros. Recomenda-se aplicar o Fiera duas vezes, com intervalos de sete dias, especialmente nos períodos de maior ocorrência de brotações no pomar.
Dados do Fundecitrus indicam que a presença do greening em São Paulo aumentou 56%, passando de 24,4% dos pomares em 2022 para 38,06% em 2023. Prejuízos de até R$ 3,5 milhões foram registrados em algumas fazendas devido à doença. Uma pesquisa da Kynetec Brasil mostrou que o controle do psilídeo-dos-citros movimentou R$ 271 milhões, ou 23% do mercado total de defensivos da cultura, no ciclo 2022-23, representando um aumento de 42% em relação à safra anterior.
