Produtores reforçam manejo contra cigarrinha-do-milho

Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (20), a colheita do milho segue em ritmo acelerado e já alcançou 62% da área plantada no Rio Grande do Sul. Apesar da estiagem que afetou parte do ciclo, as produtividades estão acima do esperado, pois grande parte das lavouras já havia passado pelas fases críticas de desenvolvimento.

Os cultivos ainda em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos – que representam 20% da área total – foram favorecidos pelas chuvas registradas no período. Os volumes superaram os das semanas anteriores, amenizando perdas causadas pelo déficit hídrico. Além disso, a queda nas temperaturas ajudou a estabilizar o crescimento das plantas, uma vez que o calor excessivo havia acelerado o ciclo fenológico, reduzindo a capacidade produtiva das lavouras.

O milho de segunda safra apresenta boa germinação e desenvolvimento inicial positivo. Nas regiões que registraram chuvas acima de 15 mm, os produtores puderam realizar a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, garantindo melhores condições para o crescimento da cultura. Entretanto, em algumas áreas semeadas em janeiro, houve um aumento na incidência da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), exigindo monitoramento rigoroso e estratégias de manejo para evitar impactos na produtividade.

O fluxo de carregamento para unidades armazenadoras segue intenso, refletindo tanto a comercialização da safra quanto a necessidade de liberar espaço para a colheita da soja. Em relação aos preços, a saca de 60 kg de milho registrou um leve aumento de 0,01%, passando de R$ 67,63 para R$ 67,64 na última semana, conforme levantamento da Emater/RS-Ascar.