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Produtores do Paraná ainda aguardam recursos para safra de café


A colheita na região de Londrina já atinge cerca de 70%, porém, a qualidade dos grãos, como na maioria das zonas cafeeiras do país, vem deixando a desejar. “Estamos colhendo grãos muito pequenos e o café bóia tem saído muito chocho”, explicou o presidente da comissão de café da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Wilson Baggio. Segundo o presidente, a previsão mínima de quebra de safra é de 30% e somando esse fato com a baixa qualidade dos grãos, os produtores se encontram abatidos. “Os produtores estão muito desanimados. Os preços não colaboram em nada também. A situação está tão complicada que os preços dos cafés finos mal atingem 150 reais por saca”, afirmou. Em relação aos planos de ajuda elaborados pelo governo, Wilson Baggio reclama e diz que na região os recursos são bastante escassos. “Na agência do Banco do Brasil de Cornélio Procópio chegou uma quantia aproximada de 40 mil reais. Se comparado com os custos que os produtores têm, esse valor não representa nada”, protestou. Quanto a atual situação de mercado, o presidente da comissão apontou que pode haver melhoras. “Hoje o mercado está tão ruim que é possível ocorrer uma pequena melhora no futuro, além do fato de a próxima colheita, a de 2003/04, não ser tão grande quanto estão dizendo”, explicou. O dirigente paranaense lembrou que a crise cafeeira tem uma extensão muito grande. Ele apontou que não apenas produtores e trabalhadores estão sendo sacrificados com o cenário de preços altamente deprimidos. “Passamos por uma forte crise. Os estabelecimentos comerciais estão parados devido à crise no setor cafeeiro, pois é a cafeicultura um dos principais fatores para fazer o capital da região girar”. Como conseqüência desse mau momento no mercado, os cafeicultores estão buscando outras soluções para diminuir seus prejuízos. “Já houve erradicação de alguns pés de café durante essa safra e haverá mais na próxima, pois as lavouras se encontram prejudicadas devido à falta de tratos, conseqüência do não retorno de capital para os produtores, e darão lugar ao cultivo de soja, milho ou outros grãos. A erradicação será grande”, concluiu Baggio.

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